Mercados

Bolsas asiáticas sobem com Irã e ganhos nos EUA

O acordo sobre o programa nuclear do Irã influenciou negativamente os preços do petróleo.


	Bolsa de valores da Coreia do Sul: o índice Kospi subiu 0,5%, para 2.015,98 pontos
 (Choi Jae-gu/Yonhap/Reuters)

Bolsa de valores da Coreia do Sul: o índice Kospi subiu 0,5%, para 2.015,98 pontos (Choi Jae-gu/Yonhap/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 25 de novembro de 2013 às 06h38.

São Paulo - Os mercados acionários encerraram as negociações asiáticas majoritariamente com ganhos, impulsionadas por um fechamento recorde nos EUA e pelo acordo sobre o programa nuclear do Irã, que influenciou negativamente os preços do petróleo.

Na sexta-feira o índice S&P fechou acima de 1.800 pontos pela primeira vez e o Dow Jones estabeleceu um novo recorde acima de 16.000 pontos, diante das expectativas de que o Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) manterá a política monetária acomodatícia.

O mercado australiano seguiu esse movimento e o índice S&P/ASX 200 fechou em alta de 0,3%, alcançando os 5352,8 pontos. A bolsa local também foi impulsionada por um dólar mais forte, ainda guiado pelas declarações da semana passada do presidente do Banco da Reserva da Austrália (RBA, na sigla em inglês), Glenn Stevens, de que a autoridade monetária poderá intervir no câmbio.

Na Coreia do Sul, o índice Kospi subiu 0,5%, para 2.015,98 pontos, assim como o Taiwan Weighted ganhou 0,9%, a 8.187,51 pontos.

Durante o fim de semana o Irã alcançou um acordo com os EUA e outras cinco potências mundiais para parar o enriquecimento de urânio a um nível próximo ao necessário para produzir armas nucleares em troca de um alívio nas sanções econômicas, o que também ajudou os mercados nesta segunda-feira.

A exceção fica por conta da China, onde o índice Xangai Composto perdeu 0,5%, aos 2.186,1 pontos, e o Shenzhen Composto encerrou o dia na estabilidade, com 1.052,20 pontos. O índice Hang Seng encerrou em baixa de 0,1%, nos 23.684,45 pontos.


O setor imobiliário chamou atenção pelas perdas do dia, após uma reportagem da CCTV informar no domingo que 45 empresas do setor não pagaram um total de 3,8 trilhões de yuans em impostos sobre a valorização de terrenos entre 2005 e 2012.

"O programa de televisão não entendeu o mecanismo de pagamento do imposto. O programa também ignorou a dinâmica entre imobiliárias e governos locais", disse Jinsong Du, analista do Credit Suisse.

Empresas do setor energético também registraram perdas após um oleoduto da Sinopec explodir na sexta-feira, em um acidente que matou 52 pessoas e deixou 11 desaparecidos. "Todo o setor está reagindo negativamente, incluindo indústrias relacionadas, como prestadoras de serviços de petróleo", disse Zeng Xianzhao, analista da Everbright Securities.

As ações da China Petroleum & Chemical caíram 3,8%, as da Sinopec Shandong Taishan Petroleum perderam 5,0% e as da PetroChina fecharam em baixa de 1.6%.

Na ponta contrária, as ações relacionadas ao setor de defesa nacional avançaram diante do otimismo de investimentos adicionais do governo. No domingo a China anunciou uma nova zona de identificação aérea, reforçando os planos de Pequim para reivindicar algumas ilhas controladas pelo Japão.

Nas Filipinas, o índice PSEi também registrou perdas e encerrou o pregão em queda de 1,3%, recuando para 6.004,26 pontos. O mercado local ainda é pressionado pelos reflexos do tufão Haiyan. O governo estima que os custos de reconstrução serão de US$ 6 bilhões a US$ 7 bilhões, o que representa cerca de 2,3% do Produto Interno Bruto (PIB). Fonte: Dow Jones Newswires.

Acompanhe tudo sobre:Açõesbolsas-de-valores

Mais de Mercados

Cade dá aval para dona do Burger King operar Subway no Brasil

Divisora de águas, compra de campo Peregrino deixa Itaú BBA ainda mais otimista com a Prio (PRIO3)

Ibovespa fecha em queda repercutindo inflação nos EUA e dados do emprego do Brasil

Inflação nos EUA, recorde na China e dados de emprego no Brasil: o que move o mercado