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Bolsa sobe 2,5% guiada por Itaú, Vale e trégua externa

Mercado brasileiro também se beneficiou da relativa trégua na aversão a risco externa

Bolsa: o volume financeiro do pregão somou 16,98 bilhões de reais, quase o dobro da média diária do ano (Patricia Monteiro/Bloomberg)

Bolsa: o volume financeiro do pregão somou 16,98 bilhões de reais, quase o dobro da média diária do ano (Patricia Monteiro/Bloomberg)

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Reuters

Publicado em 6 de fevereiro de 2018 às 18h26.

Última atualização em 6 de fevereiro de 2018 às 18h45.

São Paulo - O principal índice de ações da B3 fechou na sessão de forte giro financeiro desta nesta terça-feira, com o Itaú Unibanco entre os destaques positivos, após o maior banco privado do país revelar projeções para 2018 e anunciar pagamento de dividendos .

A bolsa doméstica também se beneficiou da relativa trégua na aversão a risco externa, que minou praças acionárias globais nos últimos dois pregões em razão de receios sobre um banco central norte-americano mais agressivo quanto aos juros.

O Ibovespa subiu 2,48 por cento, a 83.894 pontos. Na mínima da sessão, nos primeiros negócios, o índice caiu 1,3 por cento, abaixo de 81 mil pontos. Na máxima, subiu 2,8 por cento, a 84.161 por cento.

O volume financeiro do pregão somou 16,98 bilhões de reais, quase o dobro da média diária do ano, de 8,9 bilhões de reais.

A sessão começou sob efeito de forte correção técnica em praças acionárias globais, iniciada em Nova York na véspera, com receios de que o banco central norte-americano adote um processo mais rápido de alta das taxas de juros.

O noticiário corporativo de modo geral positivo e a relativa melhora externa, contudo, ajudaram a blindar o Ibovespa. Na véspera, o índice brasileiro acelerou as perdas no final do pregão, encerrando com queda de 2,59 por cento.

"Alguns clientes voltaram à ponta compradora para repor posições e aproveitar o que pode ter sido uma oportunidade de entrar em alguns papéis", disse o chefe da mesa de renda variável da corretora BGC Liquidez.

Destaques

- ITAÚ UNIBANCO PN subiu 3,6 por cento com reação favorável às projeções do maior banco privado do país para 2018 e anúncio de que pagará 17,6 bilhões de reais em dividendos e juros sobre capital próprio relativos a 2017.

- BRADESCO PN fechou em alta de 2,38 por cento, com o setor de bancos acompanhando a melhora generalizada do Ibovespa. BANCO DO BRASIL subiu 4,39 por cento e SANTANDER BRASIL UNIT ganhou 3,64 por cento.

- TIM PARTICIPAÇÕES saltou 6,98 por cento, após resultado trimestral com alta de 66 por cento no lucro líquido da operadora de telefonia móvel, para 604 milhões de reais no quarto trimestre. O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) subiu 13 por cento.

- PETROBRAS PN e PETROBRAS ON subiram 4,99 e 5,01 por cento, respectivamente, na contramão do recuo dos preços do petróleo, beneficiadas pelo tom positivo na bolsa.

- VALE avançou 5,25 por cento, encontrando suporte ainda na alta dos preços do minério de ferro à vista na China, a despeito do mau humor externo.

- EMBRAER valorizou-se 5,16 por cento, em meio a expectativas por acordo com a norte-americana Boeing.

- MULTIPLAN caiu 2,29 por cento, em sessão negativa do setor de shopping centers. IGUATEMI cedeu 1,83 por cento e BR MALLS recuou 1,03 por cento.

- SUZANO recuou 0,66 por cento, após acordo para comprar terras e florestas da fabricante de louças, componentes metálicos e painéis de madeira Duratex, operação que pode movimentar mais de 1,06 bilhão de reais. DURATEX, que não está no Ibovespa, saltou 8,03 por cento.

 

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