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Bolsa quer dez ETFs até o final do ano

Forte demanda para o fundo que segue o índice financeiro abre caminho para novos produtos

ETF para índice do setor financeiro atraiu quatro gestores interessados (.)
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Da Redação

Publicado em 2 de agosto de 2010 às 16h10.

São Paulo - A BM&FBovespa quer pelo menos mais dois ETFs (Exchange Traded Funds) até o final deste ano, afirmou o diretor de renda variável da bolsa, Julio Ziegelmann. O sucesso do processo licitatório para a criação do ETF que segue o índice financeiro mostrou que há grande demanda pelo segmento no Brasil. A disputa pelo IFNC mobilizou 4 instituições na primeira concorrência aberta pela bolsa. Os ETFs existentes foram distribuídos por meio de um contrato sigiloso com a Black Rock e, o mais antigo, o PIBB, foi licitado pelo BNDES e entregue ao Itaú.

"Tivemos quatro propostas, o que é excelente", comemora o executivo. O vencedor será o que apresentar o maior volume negociado pelo ETF. De acordo com as regras, caso o gestor não atinja a liquidez acordada, a diferença dos emolumentos não recolhidos precisa ser paga à bolsa. "Ganha quem tiver o maior compromisso de volume", explica Ziegelmann. Esse é o oitavo ETF do mercado brasileiro. O nome do vencedor será conhecido na próxima segunda-feira, dia 2. O contrato de exclusividade dura três anos.

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A partir de agora, a ideia da bolsa é intensificar as conversas com o mercado e passar a licenciar índices de ações que possam ser acompanhados por ETFs. "Qualquer gestor que desejar fazer um ETF pode nos contatar que colocamos a concorrência no ar. Assim também desenvolveremos o mercado de índices. Lá fora, além dos setoriais e de tipos de empresas, existem também produtos para commodities, renda fixa, petróleo, entre outros", diz. "Chegar ao final do ano com 10 ETFs seria adequado, mas ainda é muito pouco".

O próximo passo é o de oferecer ETFs que sigam índices no exterior para atender a demanda dos fundos de investimentos multimercados que desde fevereiro de 2008 podem aplicar até 20% dos recursos em ativos no exterior. "Da mesma forma que os BDRs não patrocinados vão atender essa demanda, os ETFs também. Imaginamos que terá um bom interesse para isso", afirma. O potencial de crescimento para esse segmento ainda é enorme. Enquanto no Brasil o volume com os ETFs representa apenas 1% do total, chega a 30% na bolsa de Nova York (NYSE).

Atualmente, a bolsa disponibiliza os seguintes índices: BOVA11 (Ibovespa), BRAX11 (IBrX-100), CSMO11 (Índice de Consumo), MILA11 (Índice MidLarge Cap), MOBI11 ´(Índice Imobiliário), SMAL11 (Índice Small Cap) e PIBB11 (IBrX-50).

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