BOLSA: Ibovespa já chegou aos 71 mil pontos (Reuters/Reuters)
Da Redação
Publicado em 20 de outubro de 2016 às 19h21.
Última atualização em 23 de junho de 2017 às 18h55.
Esta sexta-feira encerra a terceira semana de negociações do mês de outubro na bolsa. Até aqui, tudo tem dado mais do que certo para o Ibovespa. A alta no mês já passa dos 9%. Os 63.000 pontos, que há algumas semanas eram projetados por analistas para o fim do ano, já estão por aqui.
“O Brasil hoje é o país da moda para muito capital estrangeiro”, afirma Raphael Figueredo, analista da corretora Clear. De fato, o saldo de investidores estrangeiros no mês está positivo em 3 bilhões de reais. O volume médio diário das negociações no mês também chama a atenção: 9,2 bilhões reais, ante os 7 bilhões da média de 2016 até aqui.
Entre os motivos que levaram a este cenário de euforia, ressaltam analistas, está a aprovação do Teto dos gastos públicos na Câmara, o maior otimismo com a Petrobras (com sua nova política de preços e o plano de desinvestimentos caminhando) e ainda um cenário exterior positivo, com a estabilidade do crescimento chinês e os juros ainda baixo nos Estados Unidos.
Analistas projetam que a maré de boas notícias deve continuar até o fim do ano. O Ibovespa, nas projeções mais otimistas, alcançará os 69.000 pontos. Para chegar lá é bom que os juros do país e a inflação continuem caindo. “Se continuarmos com dados econômicos menos ruins, que mostram que a economia está chegando ao fundo do poço, a gente vai para os 69.000”, afirma Lenon Borges, analista da Ativa Corretora.
Quem pode atrapalhar esta perspectiva de alta é o banco central americano – Federal Reserve – caso sinalize, nas próximas reuniões, que vai adotar uma postura mais agressiva de alta de juros no país. Caso isso aconteça, afirmam analistas, é possível que ocorra uma fuga de capital estrangeiro no Brasil. Além disso, outro fator entrou na conta esta semana: o risco do ex-deputado Eduardo Cunha apontar atuais integrantes do governo Temer em uma possível delação premiada e provocar uma nova crise política. As variáveis não são poucas.