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Bolsa do Egito só reabrirá após decisão de novo premiê

As transações foram paralisadas no dia 27 de janeiro, no auge dos conflitos para derrubar o ditador Mubarak

Canal de Suez: barril de Brent chegou a US$ 100,55 no mercado de futuros de Londres (H Nawara/Wikimedia Commons)

Canal de Suez: barril de Brent chegou a US$ 100,55 no mercado de futuros de Londres (H Nawara/Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 3 de março de 2011 às 20h36.

Dubai - A Bolsa de Valores do Egito, fechada desde 27 de janeiro por causa da turbulência política no país, só será reaberta depois de consultas com o novo primeiro-ministro, segundo comunicado da instituição. A bolsa deveria reabrir no domingo, após uma série de adiamentos para tentar evitar uma provável saída em massa dos investidores. "A administração da bolsa decidiu suspender as transações até que uma data seja fixada após consultas ao primeiro-ministro", afirma a nota.

Ahmed Shafiq renunciou hoje ao cargo de primeiro-ministro do Egito, sendo substituído por Essan Sharaf, um ex-ministro dos Transportes que estudou nos EUA, num sinal de ruptura com o antigo regime e numa ação para atender algumas demandas dos manifestantes que derrubaram o então presidente Hosni Mubarak. Sharaf participou das manifestações na praça Tahrir, no Cairo, que levaram em 11 de fevereiro à renúncia de Mubarak, que comandava o país havia três décadas.

Até o início da crise, em janeiro, o Egito era considerado um dos mais atraentes mercados emergentes, atraindo investimentos estrangeiros que ajudaram a elevar 15% o índice EGX-30 em 2010. O índice caiu 16% em dois dias antes que o mercado fosse fechado em 27 de janeiro, terminando o dia em 5.647 pontos.

Receosas de outro forte declínio do mercado, as autoridades reguladoras implementaram uma série de normas. A bolsa vai suspender as transações de todas as ações por 30 minutos se o índice mais amplo EGX-100 oscilar mais de 5%. O pregão também será reduzido em uma hora. As informações são da Dow Jones.

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