Bolsa de Tóquio: o índice Nikkei teve ganhos de 0,6% (Kiyoshi Ota/Bloomberg)
Da Redação
Publicado em 15 de julho de 2014 às 06h50.
São Paulo - A Bolsa de Tóquio terminou a sessão em alta novamente, impulsionada por um dólar mais forte e a compra de ações blue chips pelos investidores estrangeiros. A notícia de que o Banco do Japão (Boj) revisou para baixo a projeção de crescimento, para 1,0% (de 1,1%), não impactou o mercado como o esperado.
O índice Nikkei teve ganhos de 0,6%, aos 15.395,16 pontos. As ações operaram em alta desde o começo do pregão, após o resultado financeiro melhor do que o esperado do Citigroup, na temporada de balanços dos EUA. Os números deram fôlego ao setor financeiro de Wall Street e alavancaram o otimismo no mercado asiático.
"O início da temporada de balanços dos EUA está proporcionando uma sensação geral de alívio aos investidores", disse Naoki Fuiwara, administrador de fundos da Shinkin Asset Management.
Com o bom resultado de Nova York, o dólar avançou ante o iene e, às 3h (de Brasília), horário de fechamento da bolsa japonesa, a moeda norte-americana operava em alta a 101,56 ienes, em comparação aos 101,39 ienes de segunda-feira.
O presidente do BoJ discursou após o fechamento do índice Nikkei e afastou a possibilidade de a taxa de inflação medida pelo núcleo do índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) cair para menos de 1% nos próximos meses. "Eu não acho que o CPI vai cair para abaixo de 1%", disse Kuroda, durante coletiva de imprensa.
Mais cedo, o banco central japonês manteve por unanimidade a política monetária, com a aceleração da base monetária em 60 trilhões de ienes a 70 trilhões de ienes.
Marcel Thieliant, economista de Japão da Capital Economics, avalia que o BoJ pode implementar um alívio monetário até outubro, a partir da visão de que a inflação "permanece bem abaixo da meta de 2%".
No mercado corporativo, investidores estrangeiros partiram para as blue chips japonesas. As ações da Japan Tobacco subiram 1,4%, NTT ganhou 1,0% e Mitsubishi Group teve alta de 1,0%. (Edgar Maciel, com informações da Dow Jones Newswires. - edgar.maciel@estadao.com)