Mercados

Bolsa de Paris tem forte queda com ações de bancos

O índice CAC-40, da Bolsa de Paris, registrava perda de 4,48%, conduzido pelas ações do BNP Paribas, Société Générale e do Crédit Agricole, os maiores bancos franceses

A Moody's pode cortar os ratings do BNP Paribas, Société Générale e do Credit Agricole por causa dos bônus do governo grego que possuem (Wikimedia Commons)

A Moody's pode cortar os ratings do BNP Paribas, Société Générale e do Credit Agricole por causa dos bônus do governo grego que possuem (Wikimedia Commons)

DR

Da Redação

Publicado em 12 de setembro de 2011 às 09h04.

Paris - Os bancos franceses não possuem problemas de liquidez ou solvência e podem lidar com qualquer possível situação na Grécia, afirmou hoje o presidente do Banco Central da França, Christian Noyer. "Seja qual for o cenário grego e as provisões que devem ser realizadas, os bancos franceses têm meios para lidar com isso", disse Noyer, destacando que essas instituições não têm problemas de liquidez visto que as operações de refinanciamento do Banco Central Europeu (BCE) são ilimitadas em valor.

No entanto, as declarações de Noyer não abrandaram os temores dos investidores. Por volta das 8h30 (de Brasília), o índice CAC-40, da Bolsa de Paris, registrava perda de 4,48%, conduzido pelas ações do BNP Paribas, Société Générale e do Crédit Agricole, os maiores bancos franceses em termos de valor de mercado, que recuavam 13,26%, 10,17% e 9,59%, respectivamente. A seguradora AXA tinha queda de 9,04%.

Os bancos da zona do euro têm 5 trilhões de euros em capital elegível para as operações de refinanciamento do BCE, afirmou Noyer, num breve comunicado por e-mail. Atualmente, as operações de refinanciamento estão em torno de 500 bilhões de euros, segundo ele.

Os bancos franceses já adicionaram 50 bilhões de euros ao seu capital durante os dois últimos anos e continuarão a aumentá-lo em linha com as exigência da Basileia 3.

O Société Générale afirmou, antes da abertura dos mercados, que vai acelerar a venda de ativos e cortar custos para liberar 4 bilhões de euros de capital até 2013, mas a declaração também não conseguiu dar alento ao mercado.

As ações dos bancos franceses foram particularmente atingidas nesta segunda-feira, devido a expectativas de que a agência de classificação de risco Moody's poderá rebaixar os papéis nesta semana, aumentando os temores sobre um aprofundamento da crise da zona do euro, que têm pressionado o setor financeiro do país no último mês.

A Moody's pode cortar os ratings do BNP Paribas, Société Générale e do Credit Agricole por causa dos bônus do governo grego que possuem, afirmaram fontes com conhecimento do assunto durante o fim de semana. As informações são da Dow Jones.

Acompanhe tudo sobre:AçõesAgências de ratingbolsas-de-valoresCACDAXEuropaFrançaFTSEMercado financeiroMoody'sPaíses ricosRating

Mais de Mercados

BC eleva o limite de operações de câmbio feitas em instituições não bancárias para US$ 500 mil

Pragmatismo é maior que do último governo do PT e temor deve arrefecer, diz gestor da Mantaro

Vitória de Trump pode aumentar o preço do dólar, avalia Gavekal Research

Propostas de Trump podem pressionar inflação nos EUA, diz estrategista da BlackRock

Mais na Exame