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Bolsa de NY fecha em queda com temor sobre dívidas

Nova York - O mercado norte-americano de ações fechou em queda, em dia de nova intensificação das preocupações com o problema da dívida europeia; outro fator foi a falta de progresso nas negociações sobre a elevação do limite de endividamento do governo dos EUA. O índice Dow Jones fechou no nível mais baixo desde 29 […]

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Da Redação

Publicado em 18 de julho de 2011 às 18h37.

Nova York - O mercado norte-americano de ações fechou em queda, em dia de nova intensificação das preocupações com o problema da dívida europeia; outro fator foi a falta de progresso nas negociações sobre a elevação do limite de endividamento do governo dos EUA. O índice Dow Jones fechou no nível mais baixo desde 29 de junho e o S&P-500 no nível mais baixo desde 28 de junho.

Operadores disseram que o cenário para a queda das Bolsas foi armado pela baixa forte das ações europeias, depois de vários observadores notarem que os testes de resistência dos bancos europeus, cujo resultado foi anunciado na semana passada, não foram suficientemente exigentes, por não levarem em conta um cenário que incluísse uma moratória da dívida da Grécia.

"Se você acrescenta toda essa incerteza aos mercados, as pessoas vão querer que os ativos de risco sejam mais baratos. Os testes de estresse não foram suficientemente estressantes, na opinião da maioria das pessoas, e isso deixou os mercados nervosos", disse Jerry Webman, economista-chefe da Oppenheimer Funds.

A falta de novidades nas conversações entre o presidente Barack Obama e o Partido Republicano sobre o limite legal de endividamento do governo dos EUA também alimentou a ansiedade do mercado, embora a maioria dos investidores considere que a chance de uma moratória seja muito pequena. "Um default dos EUA é um evento impensável. Ele faria a falência do Lehman Brothers parecer um acontecimento pequeno", disse o trader Anthony Conroy, da BNY ConvergEx.

Das 30 componentes do índice Dow Jones, a única ação a fechar em alta foi Chevron (+0,04%). Entre os destaques negativos estavam Bank of America (-2,80%), Boeing (-2,43%), Travelers (-2,38%) e Alcoa (-2,00%). As da IBM, que divulgaria resultados do segundo trimestre depois do fechamento, recuaram 0,15%.

Entre as ações que reagiram à divulgação de informes de resultados estavam Halliburton (+0,08%) e Hasbro (-4,76%). As ações do WebMD Health Group caíram 30,12%, depois de a empresa rebaixar sua expectativa de lucros para o ano. As ações da rede social LinkedIn caíram 6,85%, após rebaixamento de recomendação pelo JPMorgan.

No setor de mídia, as ações da News Corp. caíram 4,32%, depois de a ex-editora do (agora extinto) jornal britânico News of the World, Rebekah Brooks, ser presa no fim de semana em conexão com o escândalo de "grampos" de telefones e celulares pelo jornal; por causa desse caso, dois dirigentes da Polícia Metropolitana de Londres renunciaram a seus cargos e o repórter que denunciou o esquema de "grampo", Sean Hoare, foi encontrado morto em sua casa.

O índice Dow Jones fechou em queda de 94,57 pontos (-0,76%), em 12.385,16 pontos. O Nasdaq fechou em queda de 24,69 pontos (-0,89%), em 2.765,11 pontos. O S&P-500 fechou em queda de 10,70 pontos (-0,81%), em 1.305,44 pontos. O NYSE Composite fechou em queda de 91,51 pontos (1,11%), em 8.135,53 pontos. As informações são da Dow Jones.

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