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Bolsa opera em alta após maior queda de 2020 e ultrapassa os 116 mil

Mercados continuam com alta volatilidade em em razão das notícias sobre o coronavírus

Bolsa de valores: Ibovespa recuou mais de 3% na véspera (Germano Lüders/Exame)

Bolsa de valores: Ibovespa recuou mais de 3% na véspera (Germano Lüders/Exame)

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Reuters

Publicado em 28 de janeiro de 2020 às 10h21.

Última atualização em 28 de janeiro de 2020 às 16h09.

São Paulo —  A bolsa ensaiava melhora nesta terça-feira, acompanhando a recuperação de mercados acionários globais, na esteira da ampliação dos esforços globais para conter o coronavírus, com o noticiário corporativo brasileiro também no radar, com JBS e Azul entre os destaques.

Às 16:08, o Ibovespa subia 1,84% e ficava em  116.585,99 pontos. O volume financeiro somava 4,5 bilhões de reais.

Na véspera, o Ibovespa caiu mais de 3%, fechando abaixo dos 115 mil pontos, com crescentes preocupações com os reflexos do vírus que eclodiu na China apoiando um forte ajuste negativo em mercados ao redor do globo.

A equipe do BTG Pactual destacou que os mercados globais continuam operando com extrema volatilidade, acompanhando as últimas notícias do surto de coronavírus.

"A grande dúvida é em que percentual o surto afetará o crescimento econômico nestes primeiros meses do ano, em que poderemos ter uma série de revisões de projeções de lucros das empresas chinesas e japonesas", ressaltou em nota enviada a clientes pela área de gestão do banco.

A China informou nesta terça-feira que 106 pessoas morreram devido ao novo coronavírus, acima do número anterior de 81. O número total de casos confirmados na China aumentou para 4.515 no dia 27 de janeiro, segundo a Comissão Nacional de Saúde em um comunicado, contra 2.835 relatados no dia anterior.

"Apesar do movimento verificado nos mercados pela manhã, a incerteza que acompanha a disseminação acelerada do novo coronavírus (2019-nCoV) deverá continuar promovendo volatilidade adicional nos mercados a curto prazo", reforçou a equipe da Guide Investimentos, em nota a clientes.

A equipe da XP Investimentos também citou como boa notícia o fato de os esforços para conter o coronavírus terem se intensificado.

"A China prolongou o feriado do Ano Novo Lunar, enquanto as empresas estão fechando lojas e evacuando trabalhadores. Mais de 50 milhões de pessoas permanecem efetivamente bloqueadas pelas restrições de viagens nas províncias de Wuhan e Hubei, o epicentro do surto", destacou.

DESTAQUES

- JBS ON avançava 4,73%, após assinar memorando de entendimentos com o WH Group para fornecimento de carnes bovina, de aves e suína in natura ao mercado chinês. A JBS afirmou na noite da véspera que o acordo prevê fornecimento de produtos das marcas Friboi e Seara, em um acordo que pode movimentar até 3 bilhões de reais por ano.

- AZUL PN avançava 5,95%, após atualização de plano de frota pela companhia, com a substituição de aeronaves esperada para criar valor aos acionistas da aérea. A Azul disse acreditar que a aceleração da transformação de sua frota irá gerar um fluxo de caixa operacional incremental de aproximadamente 2,9 bilhões de reais entre 2020 e 2027.

- CIELO ON subia 1%, revertendo perdas da abertura do pregão, quando chegou a recuar 5,6%, após reportar uma queda de 68% no lucro líquido do quarto trimestre de 2019, com recuo em receita líquida e margem, na comparação ano a ano, em resultado afetado pela maior competição no setor de meios de pagamentos. Até a véspera, a ação caía quase 18% no ano.

- VALE ON valorizava-se 2,77%, em sessão positiva para o setor de mineração e siderurgia como um todo, após fortes quedas na véspera.

- PETROBRAS PN tinha alta de 2,43%, também reagindo após o declínio da véspera, mesmo em meio à falta de tendência clara no comportamento dos preços do petróleo no exterior.

- BRADESCO PN e ITAÚ UNIBANCO PN subiam 0,27% e 0,6%, respectivamente, acompanhando a melhora na bolsa paulista como um todo.

- RD ON perdia 1,04%, entre as poucas ações do Ibovespa no vermelho. Na véspera, a ação da rede de varejo farmacêutico subiu 0,8%, ampliando a alta em janeiro para quase 12%, enquanto o Ibovespa acumulava até a véspera queda de 1%.

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