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Bolsa opera em queda com bancos contrabalançando o cenário exterior

Às 14:32, o Ibovespa caía -0,35%,  a 116.026,09 pontos.

Bolsa: alívio nas tensões EUA-Irã impulsiona índice (NurPhoto / Colaborador/Getty Images)

Bolsa: alívio nas tensões EUA-Irã impulsiona índice (NurPhoto / Colaborador/Getty Images)

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Reuters

Publicado em 9 de janeiro de 2020 às 10h21.

Última atualização em 9 de janeiro de 2020 às 14h32.

São Paulo — A bolsa paulista não mostrava uma direção firme nesta quinta-feira, com o declínio dos bancos contrabalançando o efeito positivo do exterior por conta da dissipação de preocupações sobre uma eventual escalada da tensão entre Estados Unidos e Irã e expectativa para a assinatura de acordo comercial entre Washington e Pequim.

Às 14:32, o Ibovespa caía -0,35%,  a 116.026,09 pontos. O volume financeiro somava 5,7 bilhões de reais.

De acordo com agentes de mercado, sinalizações de autoridades dos EUA e do Irã no sentido de abrandar as relações entre os dois países, pelo menos do ponto de vista militar, traziam alívios aos negócios, principalmente o discurso do presidente Donald Trump, na véspera.

"Tanto o ataque com mísseis do Irã quanto as declarações subsequentes do governo dos EUA apoiam o pensamento de que os oponentes têm pouco interesse em uma escalada militar completa", destacou Norbert Rücker, chefe de economia e pesquisa de próxima geração do banco Julius Baer, em nota.

A equipe da Ágora Investimentos também afirmou que a expectativa pelo encontro entre norte-americanos e chineses para a assinatura do acordo comercial preliminar, no próximo dia 15, favorecia os ativos.

O Ministério do Comércio chinês comunicou nesta quinta-feira que vice-primeiro-ministro da China, Liu He, chefe da equipe de negociação do país na disputa comercial com os EUA, assinará a fase 1 do acordo em Washington na próxima semana. Liu visitará Washington entre 13 e 15 de janeiro.

Agentes de mercado, contudo, têm atribuído a falta de fôlego das ações brasileiras a um processo de acomodação e realização de lucros após a forte valorização no mês de dezembro, em meio à ausência de catalisadores domésticos e também preparação para ofertas de ações no curto prazo, entre elas a da Petrobras.

Após a forte alta de 2 de janeiro, quando renovou recorde de fechamento, a 118.573,10 pontos, o Ibovespa fechou no vermelho em todos os pregões até a véspera.

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