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Bolsa: 59.179; Petróleo sobe…

Queda no pregão O começo da semana no Ibovespa foi marcado pela instabilidade política que assola Brasília. A bolsa caiu 2,19% e fechou com 59.178 pontos após a reverberação da delação de Cláudio Melo Filho, ex-vice-presidente de relações internacionais da empreiteira Odebrecht, que citou o nome do presidente Michel Temer e também de vários membros da […]

PETRÓLEO: alta da commodity foi a maior em 18 meses e ajudou ações da Petrobras a fechar em alta no pregão / Think Stok (ThinkStok/Divulgação)

PETRÓLEO: alta da commodity foi a maior em 18 meses e ajudou ações da Petrobras a fechar em alta no pregão / Think Stok (ThinkStok/Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 12 de dezembro de 2016 às 17h58.

Última atualização em 23 de junho de 2017 às 18h47.

Queda no pregão

O começo da semana no Ibovespa foi marcado pela instabilidade política que assola Brasília. A bolsa caiu 2,19% e fechou com 59.178 pontos após a reverberação da delação de Cláudio Melo Filho, ex-vice-presidente de relações internacionais da empreiteira Odebrecht, que citou o nome do presidente Michel Temer e também de vários membros da cúpula do governo. A queda foi acentuada pelas ações da mineradora Vale, que caíram 1,21%, e das siderúrgicas Gerdau, 5,83%, Usiminas, 2%, e CSN, 2,3%, que caíram apesar da alta de 2,35% no preço do minério de ferro — maior patamar dos últimos 32 meses. A metalúrgica Gerdau teve o pior desempenho do pregão, caindo 8,84%.

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Queda do dólar

Pela sexta vez consecutiva, o dólar caiu ante o real, fechando a segunda-feira cotado em 3,34. A moeda recuou 0,81% e já acumula perda de 3,66% nos últimos seis pregões. Um dos principais fatores foi a forte alta dos preços do petróleo, ajudado pela atuação do Banco Central que realizou leilões de swap cambial. Outras moedas de países emergentes, especialmente aquelas ligadas a commodities, como o rublo russo, também tiveram alta frente à moeda americana, na medida que o aumento do preço do petróleo, fonte de rende para esses países, traz maior fluxo de dólares.

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Petrobras na contramão

As ações da Petrobras estiveram entre as únicas altas do dia no Ibovespa. Os papéis ordinários subiram 0,88% e os preferenciais, 0,13%. Apesar da instabilidade política, a petroleira se apoiou no acordo firmado entre os membros da Opep e outros produtores de petróleo, que concordaram, em conjunto, em reduzir a extração de óleo. É o primeiro corte na produção desde 2001. O contrato futuro de petróleo Brent subiu 3%, chegando a custar 56 dólares, o que impactou diretamente as ações da Petrobras.

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Aposentadoria no BB

Encerrado na última sexta-feira, o plano de incentivo à aposentadoria do Banco do Brasil teve 9.409 adesões. O alvo do banco eram 18.000 pessoas que poderiam aderir ao plano. As despesas não recorrentes com o pagamento do incentivo serão de 1,4 bilhão de reais neste ano. A redução de pessoal é estimada em 2,3 bilhões no ano que vem. O banco já havia anunciado em novembro o fechamento de agências e a redução na jornada de trabalho dos colaboradores. As ações do Banco do Brasil despencaram 4,59% no pregão, ante a redução de classificação para neutra. As ações do Banco Bradesco também tiveram forte queda, de 4,16%. As duas estiveram entre as maiores do dia no Ibovespa.

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Meirelles cutuca

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, mandou um recado aos banqueiros nesta segunda-feira durante um evento da Federação dos Bancos. Segundo ele, a redução da taxa básica de juro não está alcançando os efeitos esperados porque os bancos não estão repassando a queda às famílias e às empresas. Com medo do aumento da inadimplência, Meirelles disse que a diferença estaria sendo absorvida no spread bancário. A fala do ministro é uma cutucada aos bancários presentes para que reduzam as taxas de juro e ajudem a estimular o investimento e o consumo. No mesmo evento, Meirelles não deu detalhes sobre o plano de medidas microeconômicas que o governo vem prometendo. “Assim que houver decisão, o anúncio será feito imediatamente”, disse.

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