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Bolsa -1,27%; Petro cai 4,59%…

Bolsa em queda O Ibovespa caiu 1,27% nesta terça-feira, encerrando o pregão com 64.699 pontos. A queda foi fortemente impactada pelo noticiário nacional, que apontava a chegada da delação premiada da empreiteira Odebrecht ainda hoje ao STF e o provável adiamento da reforma da Previdência de abril para maio devido às dificuldades do governo em […]

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Da Redação

Publicado em 14 de março de 2017 às 18h42.

Última atualização em 23 de junho de 2017 às 19h17.

Bolsa em queda

O Ibovespa caiu 1,27% nesta terça-feira, encerrando o pregão com 64.699 pontos. A queda foi fortemente impactada pelo noticiário nacional, que apontava a chegada da delação premiada da empreiteira Odebrecht ainda hoje ao STF e o provável adiamento da reforma da Previdência de abril para maio devido às dificuldades do governo em passar a medida no Congresso. Entre as altas na bolsa, destaque para os papéis preferenciais da Vale, que subiram 1,06% com as boas notícias da produção industrial na China, que cresceu 6,3% em janeiro e fevereiro em relação ao mesmo período de 2016. A maior alta do dia foi da companhia de milhas aéreas Smiles, 2,09%. Entre as quedas na bolsa, destaque para a distribuidora de energia Cemig, cujas ações recuaram 3,75%, após a empresa não deixar claro se vai vender duas subsidiárias, após rumores ontem.

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Dólar na espreita

O dólar subiu 0,54% e fechou nesta terça-feira cotado em 3,1693 reais para venda. A alta foi motivada por investidores à espera da decisão da reunião amanhã do Fed, banco central americano, que deve subir os juros nos Estados Unidos. Há uma grande crença no aumento nesta reunião, que deve se encerrar às 15 horas de Brasília com uma coletiva da presidente do banco, Janet Yellen. Na política nacional, há a expectativa de que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, entregue uma lista ao STF com pedidos de abertura de inquéritos para a investigação de políticos citados nas delações da empreiteira Odebrecht.

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Petrobras despenca

As ações da estatal Petrobras tiveram o pior desempenho do Ibovespa, caindo 4,59% nos papéis preferenciais e 3,22% nos ordinários, na esteira da queda do preço nos contratos de futuro do barril de petróleo. O valor do Brent recuou cerca de 0,5%; e o do WTI, 1%. Embora a Opep tenha divulgado num relatório queda na produção de petróleo de 9,99 milhões de barris por dia, em janeiro, para 9,9 milhões, em fevereiro, alguns países, entre eles o Iraque, mesmo freando a produção, continuando acima da cota. O relatório também apontou que a redução de petróleo e o aumento inicial dos preços estão estimulando a produção de óleo de xisto na indústria dos Estados Unidos.

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JBS cai com resultado

As ações do frigorífico JBS recuaram 0,09%, na esteira da divulgação de resultados trimestrais da companhia. A JBS, maior processadora de carne bovina do mundo, teve lucro de 694 milhões de reais no quarto trimestre de 2016, revertendo o resultado negativo sofrido um ano antes, segundo informou a empresa em conferência na segunda-feira, após o fechamento dos mercados. O faturamento foi de 41,63 bilhões de reais. Apesar de positivo, o lucro é menor do que o esperado por analistas. A JBS também anunciou a aquisição da americana Plumrose, no valor de 230 milhões de dólares. A compra deve ser feita pela subsidiária JBS USA e estaria dentro do plano de expansão de portfólio da empresa.

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Abaixo os juros

As taxas de juro em operações de crédito recuaram 0,02 ponto percentual em fevereiro, segundo dados da Associação Nacional de Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade. É a terceira queda consecutiva e estima-se que haja ainda uma baixa dos juros diante da queda da inflação e da redução da taxa básica de juro. A média de juros cobrados de pessoa física passou de 8,12%, em janeiro, para 8,1%, em fevereiro. A taxa anualizada passou de 155,2% para 154,63%. Para pessoa jurídica também houve queda na média da taxa de juros mensal, de 4,72% para 4,68%, e na anual, de 73,9% para 73,13%.

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Pessimismo no emprego

De acordo com uma pesquisa divulgada pelo Manpower Group nesta terça-feira, o Brasil é o único país das Américas com perspectivas pessimistas em relação à geração de emprego no segundo semestre do ano. O índice brasileiro é de 4%. Lideram as perspectivas de emprego os Estados Unidos (17%), a Guatemala (13%), a Colômbia (12%) e o México (12%). Na última pesquisa, o índice negativo brasileiro era de 9%.

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