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Boletim Focus, eleições na França, Equatorial (EQTL3) e Sabesp (SBSP3): o que move o mercado

Mercado também acompanha pronunciamentos dos presidentes do Banco Central Europeu (BCE), do Federal Reserve (Fed, banco central americano), e do BC do Brasil

Radar: mercado repercute eleições legislativas na França (Miguel Schincariol /AFP)

Radar: mercado repercute eleições legislativas na França (Miguel Schincariol /AFP)

Rebecca Crepaldi
Rebecca Crepaldi

Repórter de finanças

Publicado em 1 de julho de 2024 às 08h50.

Os mercados internacionais operam em alta na manhã desta segunda-feira, 1º. Nos Estados Unidos, após dados mais otimistas da inflação última semana, os índices futuros sobem, de olho na divulgação do payroll na próxima sexta-feira,  5. Na Europa, as bolsas abriram em alta com investidores repercutindo votação aquém do esperado para a vitória da ultradireita. Na Ásia, os mercados fecharam em alta após dados mais otimistas sobre a atividade da China e do Japão. Por aqui, ainda reagindo ao déficit público pior do que o esperado, o Ibovespa futuro cai.

Boletim Focus e PMI de junho

O Boletim Focus desta semana, trouxe mais uma elevação, pela oitava semana consecutiva, do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2024, que subiu de 3,98% para 4%. O IPCA para 2025, por sua vez, foi elevado pela oitava semana consecutiva, subindo de 3,85% para 3,87%. A inflação para 2026 e 2027 se manteve em 3,60% e 3,50%, respectivamente.

O Banco Central (BC) manteve, como esperado, a Selic em 10,50% (2024), 9,50% (2025), e 9% (2026 e 2027). A estimativa de 2025 para o Produto Interno Bruto (PIB) foi a única mudança entre os anos, caindo de 2% para 1,98%. Já o PIB de 2024 se manteve em 2,09%, enquanto o de 2026 e 2027 ficou em 2%.

As projeções do câmbio, por sua vez, tiveram altas significativas em suas medianas: de R$ 5,15 para R$ 5,20 (2024), de R$ 5,10 para R$ 5,15 (2025), de R$ 5,15 para R$ 5,19 (2025 e 2026), e R$ 5,18 para R$ 5,20 (2027).

Às 10h, o S&P Global traz o índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) de junho, que mede a atividade industrial do Brasil. O indicador é aguardado com mais expectativas pois deve apontar o impacto no setor das enchentes no Rio Grande do Sul (RS). Em maio, o índice ficou em 52,1.

Equatorial (EQTL3) e Sabesp (SBSP3)

No radar corporativo, investidores estão de olho em Equatorial (EQTL3) e Sabesp (SBSP3). Em fato relevante divulgado na sexta-feira, 28, a Sabesp informou que a Equatorial oficialmente será a única interessada em ser a acionista referência da empresa pela fatia prioritária de 15%.

A proposta da Equatorial é uma oferta de R$ 67 por ação da Sabesp, o que totaliza R$ 6,87 bilhões que vão para o Estado. O preço, no entanto, é 10% abaixo do valor da companhia em Bolsa, frustrando a expectativa de investidores que esperavam uma reprecificação do ativo logo de largada.

Eleições na França

O mercado acompanha a repercussão das eleições legislativas na França. Como o esperado, o partido de ultradireita Rassemblement National (RN), liderado por Marine Le Pen, obteve uma ampla vitória no primeiro turno das eleições legislativas neste domingo, 30. Entretanto, a vantagem foi menor do que a projetada.

O segundo turno ocorre no dia 7 de julho e, agora, há expectativas de que a extrema direita não consiga garantir maioria absoluta. Com a mudança no cenário francês, as bolsas europeias e euro se recuperam. Entretanto, o mercado segue receoso perante o quadro de incerteza que deve tomar a política francesa nos próximos dias. A ausência de uma base sólida, pendendo para um lado ou para o outro, pode deixar a política francesa sem rumo.

Logo após as projeções iniciais, os partidos de centro-direita, liderados pelo presidente Emmanuel Macron, e a Nova Frente Popular, coalizão de partidos de esquerda, discursaram e, pelas falas, devem somar forças para evitar que o RN alcance uma maioria absoluta na Assembleia Nacional. Os dois grupos ficaram com a segunda e terceira posições neste primeiro turno.

Falas dos presidentes dos bancos centrais

De olho na agenda das autoridades monetárias da Europa, Estados Unidos e Brasil, os investidores acompanham hoje pronunciamentos dos presidentes do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, do Federal Reserve (Fed, banco central americano), Jerome Powell, e do BC do Brasil, Roberto Campos Neto, em um fórum promovido pelo BCE, em Sintra, Portugal.

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