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Biden é voz da razão que mercados precisam, diz CEO da BlackRock

Para Larry Fink, o presidente eleito deve incentivar investidores que desejam estabilidade e menos tensões geopolíticas

Biden: prometeu unir e curar um país devastado pela pandemia de Covid-19 e pela hostilidade partidária (Jonathan Ernst/Reuters)

Biden: prometeu unir e curar um país devastado pela pandemia de Covid-19 e pela hostilidade partidária (Jonathan Ernst/Reuters)

Karla Mamona

Karla Mamona

Publicado em 19 de novembro de 2020 às 09h31.

(Bloomberg) -- O diretor-presidente da BlackRock, Larry Fink, disse que a vitória de Joe Biden nas eleições presidenciais dos Estados Unidos deve incentivar investidores, que desejam estabilidade e menos tensões geopolíticas.

“Eles procuram por uma voz que modere, não uma voz que incite”, disse Fink no evento Bloomberg New Economy Forum transmitido na quinta-feira em Hong Kong. “O presidente eleito Biden pode ser a voz da razão.”

O S&P 500 subiu 1,2% no primeiro pregão depois que Biden foi declarado vencedor das eleições. Em seu discurso de aceitação, Biden prometeu unir e curar um país devastado pela pandemia de Covid-19 e pela hostilidade partidária.

“O mercado é encorajado por ter um líder agora que é mais inclusivo, um líder que provavelmente poderia trazer um pouco mais de harmonia global”, disse Fink, de 68 anos.

A BlackRock, maior gestora de ativos do mundo, administra mais de US$ 7,8 trilhões.

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Enquanto Biden seleciona os principais assessores e define prioridades, Fink disse que o presidente eleito deveria considerar gastos com infraestrutura e banda larga para todas as residências nos EUA. Fink, que às vezes é citado como possível candidato a secretário do Tesouro dos EUA para governos democratas, disse que está “muito feliz na BlackRock e que pretende “ficar em Nova York por enquanto”.

Sobre o debate para mais estímulos fiscais nos EUA, Fink disse que as preocupações com o déficit crescente podem ser deixadas de lado por enquanto, devido à baixa inflação.

“Eu diria que devemos nos preocupar com isso, mas não é um grande problema hoje”, disse Fink. “Precisamos manter o crescimento. À medida que tivermos crescimento, esse déficit, no final das contas, será provavelmente acima de US $ 30 trilhões. Esses déficits terão menos impacto se tivermos uma economia maior e mais ampla.”

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