Bancos apostam em "âncoras" para desengavetar IPOs
Um IPO planejadp para este ano deve vir com 30% das ações a serem ofertadas com a subscrição garantida por fundos de investimento
Da Redação
Publicado em 8 de outubro de 2016 às 14h11.
São Paulo - Para conseguirem garantir o sucesso das ofertas iniciais de ações ( IPOs , na sigla em inglês), os bancos de investimento estão atraindo fundos para atuarem como "âncora" da operação, segundo apurou o Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado. Nesses casos, os fundos fecham acordo anterior à oferta para comprar uma participação.
Segundo fontes, existe demanda para esse movimento, já que muitos desses fundos têm recursos vindos do exterior e, com baixa exposição no Brasil devido à recessão e às incertezas que ainda rondam o País, precisam recompor portfólios.
Um IPO que está sendo estruturado neste exato momento, segundo uma fonte de um banco de investimento, virá com esse desenho. Planejada para este ano, deve vir com 30% das ações a serem ofertadas com a subscrição garantida por fundos de investimento.
Antes, uma figura mais tradicional para fazer essa ancoragem eram os fundos de private equity, que compram participações em companhias.
Algumas ofertas conhecidas por terem sido bem executadas trouxeram a figura do âncora já no prospecto da oferta inicial. Esse foi o caso da Ourofino, único IPO de 2014, aliás.
O fundo General Atlantic ingressou com parte dos recursos, ajudando a tornar a oferta menos sensível ao cenário, que já era desafiador à época. Antes dessa experiência, a General Atlantic fez o mesmo com a Smiles, quando também entrou como investidor âncora.
No último IPO feito na bolsa brasileira, da Par Corretora, o fundo Gávea também se comprometeu a ancorar a oferta, desde que algumas condições fossem cumpridas, como uma determinada faixa de preço da ação no âmbito da oferta. Com a demanda dos investidores, o preço das ações foi estabelecido acima desse valor, o que fez com que o fundo do ex-presidente do Banco Central Armínio Fraga desistisse de ancorar a operação.
Agora, a figura do âncora começou a migrar para os fundos de investimento, em especial aqueles que têm mandato global de América Latina e que estão com baixa exposição ao Brasil no momento. Pesa ainda a favor do País o fato de haver poucas ofertas em outros países da região, em especial no México, cuja economia tem decepcionado.
São Paulo - Para conseguirem garantir o sucesso das ofertas iniciais de ações ( IPOs , na sigla em inglês), os bancos de investimento estão atraindo fundos para atuarem como "âncora" da operação, segundo apurou o Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado. Nesses casos, os fundos fecham acordo anterior à oferta para comprar uma participação.
Segundo fontes, existe demanda para esse movimento, já que muitos desses fundos têm recursos vindos do exterior e, com baixa exposição no Brasil devido à recessão e às incertezas que ainda rondam o País, precisam recompor portfólios.
Um IPO que está sendo estruturado neste exato momento, segundo uma fonte de um banco de investimento, virá com esse desenho. Planejada para este ano, deve vir com 30% das ações a serem ofertadas com a subscrição garantida por fundos de investimento.
Antes, uma figura mais tradicional para fazer essa ancoragem eram os fundos de private equity, que compram participações em companhias.
Algumas ofertas conhecidas por terem sido bem executadas trouxeram a figura do âncora já no prospecto da oferta inicial. Esse foi o caso da Ourofino, único IPO de 2014, aliás.
O fundo General Atlantic ingressou com parte dos recursos, ajudando a tornar a oferta menos sensível ao cenário, que já era desafiador à época. Antes dessa experiência, a General Atlantic fez o mesmo com a Smiles, quando também entrou como investidor âncora.
No último IPO feito na bolsa brasileira, da Par Corretora, o fundo Gávea também se comprometeu a ancorar a oferta, desde que algumas condições fossem cumpridas, como uma determinada faixa de preço da ação no âmbito da oferta. Com a demanda dos investidores, o preço das ações foi estabelecido acima desse valor, o que fez com que o fundo do ex-presidente do Banco Central Armínio Fraga desistisse de ancorar a operação.
Agora, a figura do âncora começou a migrar para os fundos de investimento, em especial aqueles que têm mandato global de América Latina e que estão com baixa exposição ao Brasil no momento. Pesa ainda a favor do País o fato de haver poucas ofertas em outros países da região, em especial no México, cuja economia tem decepcionado.