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Bancos afundam na bolsa após pedido de recuperação da Oi

A Oi é a maior operadora em telefonia fixa do Brasil e a quarta em telefonia móvel


	Ontem, as ações da Oi fecharam em queda de 10%
 (Marcos Issa/Bloomberg)

Ontem, as ações da Oi fecharam em queda de 10% (Marcos Issa/Bloomberg)

Karla Mamona

Karla Mamona

Publicado em 21 de junho de 2016 às 10h56.

São Paulo - Após o pedido de recuperação da Oi, as ações dos bancos lideravam as perdas do Ibovespa na manhã desta terça-feira.

As ações ordinárias do Banco do Brasil registravam perdas de 4,52%, enquanto os papéis do Itaú Unibanco caíam 2% e o Bradesco, 1,30%.

O mau desempenho das ações é porque os bancos terão de elevar as despesas com provisões para devedores duvidosos, as chamadas PDDs.

Sobre o pedido

O pedido de recuperação judicial da Oi é o maior protocolado da história, incluindo no processo um total de 65,4 bilhões de reais em dívidas .

A Oi é a maior operadora em telefonia fixa do Brasil e a quarta em telefonia móvel, com cerca de 70 milhões de clientes.

Em fato relevante divulgado ao mercado, a Oi afirmou que o pedido de recuperação foi ajuizado em razão dos obstáculos enfrentados pela administração da companhia para encontrar uma alternativa viável junto aos credores.

A empresa acrescentou que o ajuizamento do pedido de recuperação judicial é mais um passo na direção da reestruturação financeira.

Disse ainda que toda “a força de trabalho da Oi manterá normalmente sua atuação, com suas atividades comerciais, operacionais e administrativas.”

Ações da Oi

Ontem, as ações da Oi fecharam em queda de 10%. Desde janeiro, os papéis da companhia acumulam perdas de 49,23%. Com isso, o valor de mercado da empresa passou de 1,39 bilhão de reais para 809,24 milhões de reais, segundo dados divulgados pela consultoria Economatica.

As BMF&Bovespa suspendeu as negociações das ações da Oi até às 11 horas desta terça-feira.

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