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A lenta redução de juros bancários

Os consumidores retornam da folia com juros mais baixos nesta quarta-feira. Após a redução de 0,75 ponto percentual nos juros anunciada pelo Banco Central na última semana, Banco do Brasil e Bradesco adotam novas taxas de juros em alguns serviços a partir de hoje. No Bradesco, o financiamento a pessoas físicas teve a taxa mínima […]

BANCO DO BRASIL: bancos adotam novas taxas de juros, mas redução ainda é pequena / Pilar Olivares / Reuters (Pilar Olivares/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 28 de fevereiro de 2017 às 23h03.

Última atualização em 23 de junho de 2017 às 19h35.

Os consumidores retornam da folia com juros mais baixos nesta quarta-feira. Após a redução de 0,75 ponto percentual nos juros anunciada pelo Banco Central na última semana, Banco do Brasil e Bradesco adotam novas taxas de juros em alguns serviços a partir de hoje.

No Bradesco, o financiamento a pessoas físicas teve a taxa mínima reduzida de 1,89% para 1,83% e a máxima de 7,72% e 7,66%; para empresas a taxa mínima passou de 3,49% para 3,43% e a máxima de 6,95% para 6,89%. No Banco do Brasil, serviços como desconto de cheques e desconto de títulos tiveram redução média de 0,25 ponto percentual. Como é possível ver pelos números, a queda de 0,75 ponto percentual não será repassada integralmente. A exceção é o banco Itaú, que anunciou que irá repassar integralmente o corte de 0,75 ponto percentual, mas não avisou a partir de que data.

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Um levantamento feito com dados do Banco Central revela que nos meses de outubro a janeiro, período em que o Banco Central reduziu em 1,25 ponto os juros do país, a taxa média de crédito dos bancos passou de 33,29% em outubro para 32,76% em janeiro – ou seja, uma redução de apenas 0,53. Na taxa cobrada nas operações com crédito rotativo, os juros atingiram inacreditáveis 486,8% ao ano em janeiro – um recorde histórico. A pergunta inevitável: afinal, os juros nos bancos vão cair para os consumidores?

Para o economista da LCA Consultores e colunista de EXAME Hoje Celso Toledo a queda de juros é uma questão de tempo. “Estudos mostram que, quando a Selic cai os juros dos bancos e até o spread [a diferença entre o que os bancos pagam na captação de recursos e o que eles cobram ao conceder um empréstimo] cai”, afirma. Um dos motivos para essa demora atual seria a percepção de risco ainda alta pelos bancos. Com o número de desempregados ainda crescendo e a economia mostrando poucos sinais de avanço, os bancos ainda estão receosos em liberar o crédito com medo da inadimplência. A queda para os consumidores, portanto, deve vir. Mas vai demorar.

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