Banco ABC (ABCB4) (Banco ABC/Divulgação)
O Banco ABC (ABCB4) divulgou seus resultados do primeiro trimestre de 2022 nesta segunda, 9.
O banco registrou um lucro líquido recorrente de R$ 183,2 milhões no período, alta de 13,1% em relação ao trimestre anterior e de 49,6% em relação ao mesmo período de 2021.
A receita do banco chegou em R$ 494,6 bilhões no 1T22, registrando um crescimento de 34,7% na comparação com o primeiro trimestre de 2021.
O retorno anualizado sobre patrimônio líquido (ROAE, na sigla em inglês) dos primeiros três meses do ano foi de 15,5%, alta de 140 pontos base em relação ao trimestre anterior, e de 420 pontos base em relação ao mesmo período de 2021.
Esse foi o sétimo trimestre consecutivo de crescimento dos resultados para o Banco ABC.
"Essa é a continuidade que sempre falamos, conseguindo conquistar trimestres após trimestres com retornos crescentes", salienta em entrevista à EXAME Ricardo Moura, diretor de relações com os investidores (RI) do Banco ABC.
A carteira de crédito expandida chegou a R$ 37,6 bilhões no primeiro trimestre do ano, um crescimento de 5,9% na comparação com o mesmo período de 2021.
O destaque no trimestre ficou para o segmento Middle, que registrou um crescimento anual de 28,3% na carteira de crédito.
Entretanto, mesmo com essa expansão da carteira de crédito, a despesa de provisão do Banco ABC diminuiu 51,7%, chegando em R$ 26,4 milhões no 1T22.
"As despesas de PDD foram comportadas. Isso mostra que as decisões de crédito tomadas no passado foram acertadas e a gente continua vendo a carteira com uma boa performance. Temos uma queda no atraso, um aumento do índice de cobertura, e uma formação de inadimplência ainda muito comportada, o que mostra que visibilidade do crédito é boa", explicou Moura.
Para o executivo, o banco está conseguindo construir uma maior serie de produtos que fornecem spreads maiores.
"Conseguimos ser mais táticos nessa oferta, e isso tem funcionado bem", salientou Moura.
Para o diretor de RI do Banco ABC, o ciclo de alta da taxa básica de juro (Selic) não é uma preocupação para as atividades do banco.
"Estamos muito atentos nessa dinâmica. Essa subida dos juros não foi uma surpresa para ninguém. É uma subida muito relevante, importante, mas não é um cavalo de pau. Ela foi sinalizada. Para nós, assim como para nossos clientes, isso significa um aumento de custo de crédito, mas até agora não vemos sinais de deterioramento", salientou Moura.
Para ele, o primeiro sinal que aparece quando os juros sobem é uma demanda menor por crédito. Entretanto, segundo o executivo, isso não está acontecendo.
"Ao contrário, em abril já vimos uma demanda de crédito mais forte no Banco ABC", destacou Moura.