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Balanços: a realidade ainda é dura

A temporada de balanços do último trimestre de 2016, que começa nesta quinta-feira no Brasil, deve servir para lembrar os investidores que, apesar de a bolsa seguir em seu melhor patamar desde 2012, a recuperação das empresas brasileiras ainda caminha a passos lentos. Bem lentos, por sinal. “Nós vimos um aumento momentâneo no consumo, que […]

BOLSA: otimismo com reforma levou Ibovespa aos 66.700 pontos / Germano Lüders (Germano Lüders/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 25 de janeiro de 2017 às 20h03.

Última atualização em 23 de junho de 2017 às 19h08.

A temporada de balanços do último trimestre de 2016, que começa nesta quinta-feira no Brasil, deve servir para lembrar os investidores que, apesar de a bolsa seguir em seu melhor patamar desde 2012, a recuperação das empresas brasileiras ainda caminha a passos lentos. Bem lentos, por sinal.

“Nós vimos um aumento momentâneo no consumo, que vai refletir no varejo, mas em outros setores a melhora ainda não veio. A boa notícia é de que a situação parou de piorar”, diz Philip Soares, analista da corretora Ativa.

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O bando Santander será o primeiro a reportar seus resultados nesta quinta-feira. Para o banco Goldman Sachs, os bancos brasileiros devem começar a mostrar sinais de melhora com as provisões contra inadimplência diminuindo, já que as instituições emprestaram menos dinheiro em 2016. Com isso, analistas esperam que o Santander apresente uma alta de 9% nos ganhos do quarto trimestre na comparação anual, para 1,76 bilhão de reais.

Para as varejistas, as vendas na black friday, que somaram 1,9 bilhão de reais, devem ajudar no balanço. Em sua prévia de resultados, o Grupo Pão de Açúcar mostrou uma receita de 11,7 bilhões de reais em suas receitas no último trimestre – alta de 12% na comparação anual.

Nas siderúrgicas, apesar da demanda interna ainda fraca, uma melhora na receita deve vir por conta do aumento dos preços do aço. Tanto no caso dos bancos quanto do varejo e das siderúrgicas, as melhoras devem ser fruto de ajustes pontuais.

Já para setores mais afetados pela crise, como construção civil e shoppings centers, não há ajuste que ajude. Com a demanda ainda fraca, o resultado desses setores deve continuar em baixa ao longo de todo o ano. Para a estatal Petrobras, o ponto fraco do balanço deve ser, ainda, o endividamento. A companhia não conseguiu cumprir sua meta de desinvestimentos para o biênio de 2015/2016, que era de 15,1 bilhões de dólares.

Mais do que os balanços, investidores estarão atentos para as conferências de divulgação, que devem dar indícios das perspectivas das empresas para o ano de 2017. O investidor já entendeu que “o pior já passou”, a dúvida que persiste é quando a sonhada retomada virá.

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