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Baixa demanda derruba preço do petróleo

O volume de negócios é extremamente baixo no mercado de petróleo nesta segunda-feira, 27, em meio a feriados nos Estados Unidos e no Reino Unido


	Às 8h (pelo horário de Brasília), o contrato do brent para julho caía 0,25% na ICE, para US$ 102,38 por barril,
 (REUTERS/Shannon Stapleton)

Às 8h (pelo horário de Brasília), o contrato do brent para julho caía 0,25% na ICE, para US$ 102,38 por barril, (REUTERS/Shannon Stapleton)

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Da Redação

Publicado em 27 de maio de 2013 às 08h38.

Londres - O volume de negócios é extremamente baixo no mercado de petróleo nesta segunda-feira, 27, em meio a feriados nos Estados Unidos e no Reino Unido. O foco nesta semana será Viena, onde a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) fará reunião na sexta-feira, 31.

Ministros da Opep começam a chegar à capital austríaca a partir desta segunda-feira, 27, para se preparar para o encontro no fim da semana, que poderá definir uma eventual mudança na política de produção da entidade.

O brent está operando ligeiramente acima de US$ 100,00 por barril, mais de 8% abaixo da alta atingida no mês passado.

O alarme começa a soar para os países produtores quando o contrato negociado na ICE recua para menos de US$ 100,00 o barril, já que a maioria depende de receitas geradas pelo petróleo para atender suas necessidades orçamentárias.

Os integrantes da Opep são responsáveis por 40% da oferta mundial de petróleo, o que lhes dá poder de sustentar os preços da commodity ao reduzir ou exigir o cumprimento de sua meta oficial de produção, ou de pressioná-los para baixo ao ampliar a produção.

Em abril, a produção da Opep aumentou 280 mil barris por dia, para 30,46 milhões de barris por dia, segundo fontes secundárias citadas no último relatório mensal do grupo, com contribuição principalmente da Arábia Saudita e Iraque. Irã e Venezuela têm dito que vão defender o atual nível de preço do petróleo.


O Commerzbank avalia que os sauditas, que na prática lideram a Opep, não têm motivo para dar ouvidos a tais exigências e que a oferta de excesso no mercado continuará por enquanto. Para os preços subirem, a demanda terá de se recuperar ou mais atenção precisará ser dada aos riscos de oferta, afirmou o banco alemão em nota a clientes.

Em termos de indicadores macroeconômicos, que costumam ter forte influência nos contratos futuros de petróleo, a semana promete ser fraca.

Os investidores ficam particularmente atentos a novos dados dos EUA e China, em busca de sinais de que como será a demanda futura. O destaque será a segunda leitura do Produto Interno Bruto (PIB) norte-americano no primeiro trimestre, com divulgação prevista para quinta-feira.

Às 8h (pelo horário de Brasília), o contrato do brent para julho caía 0,25% na ICE, para US$ 102,38 por barril, enquanto o petróleo para julho negociado na Nymex tinha queda de 0,62%, para US$ 93,57 por barril. As informações são da Dow Jones.

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