Aversão a risco global derruba DIs
O contrato de Depósito Interfinanceiro janeiro de 2012 projetava 12,29%, contra 12,33% no ajuste da véspera. Foi derrubado pela ameaça de acidente nuclear japonês
Da Redação
Publicado em 15 de março de 2011 às 11h00.
São Paulo - A aversão a risco no mundo todo em razão da crise nuclear no Japão derrubava também as projeções de juros no mercado futuro brasileiro nesta terça-feira.
Às 10h41, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) janeiro de 2012 projetava 12,29 por cento, contra 12,33 por cento no ajuste da véspera.
O DI janeiro de 2013 estava em 12,65 por cento, ante 12,67 por cento.
"Há uma aversão a risco por parte da situação do Japão, que está comtaminando todas as bolsas, e isso traz um aversão a risco aqui no mercado", disse Eduardo Galasini, gerente de renda fixa do Banco Banif.
Em meio a um temor de acidente nuclear após o terremoto e o tsunami que atingiram o Japão, a bolsa de Tóquio despencou mais de 10 por cento neste pregão. Em Wall Street e na Bovespa, os índices acionários caíam mais de 2 por cento. Na Europa, a queda era superior a 3 por cento.
"Isso é mais importante que um dado de varejo mensal", acrescentou Galasini, referindo-se à divulgação, nesta manhã, de números acima do esperado.
As vendas no varejo tiveram alta de 1,2 por cento em janeiro sobre dezembro, contra previsões de 0,8 por cento.
A expectativa é de arrefecimento, no entanto.
"No caso dos bens duráveis, o desempenho ainda é bastante positivo, mas esperamos que sua performance mostre algum arrefecimento, com o consumidor reagindo à alta dos juros, ao maior aperto nas condições de crédito e menor reajuste real da renda", afirmou Inês Filipa, economista da Icap Brasil.