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Até onde vai o Snapchat?

Até onde vai a maré favorável da Snap Inc., a companhia que detém o aplicativo de compartilhamentos de fotos e vídeos Snapchat e que estreou o na semana passada? A abertura de capital da empresa, feita na semana passada, era tratada como analistas como um fracasso em potencial. Eis que, em dois dias de pregão, os papéis […]

BOLSA DE NY: ações da Snap Inc. passaram de 17 para 27 dólares em dois dias de pregão  / Brendan McDermid/ File Photo/ Reuters

BOLSA DE NY: ações da Snap Inc. passaram de 17 para 27 dólares em dois dias de pregão / Brendan McDermid/ File Photo/ Reuters

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Da Redação

Publicado em 6 de março de 2017 às 06h52.

Última atualização em 23 de junho de 2017 às 19h29.

Até onde vai a maré favorável da Snap Inc., a companhia que detém o aplicativo de compartilhamentos de fotos e vídeos Snapchat e que estreou o na semana passada? A abertura de capital da empresa, feita na semana passada, era tratada como analistas como um fracasso em potencial. Eis que, em dois dias de pregão, os papéis subiram mais de 50% e passaram de 17 para 27 dólares.

 

Os analistas estão ressabiados com o preço alto dos papéis. Segundo Anthony DiClemente, analista da consultoria Nomura em Nova York, a Snap se torna uma companhia pública justamente quando começa a apresentar problemas. “As oportunidades de faturamento do Snap são restringidas a somente expectativas e, como tal, devia estar valorizada, na melhor das hipóteses no preço do IPO”. Para ele, o otimismo nas ações é limitado, pois o crescimento do número de usuários já começou a cair, a monetização é lenta e a companhia enfrenta competidores vorazes, como o Facebook e o Instagram. O preço alvo de DiClemente é de 16 dólares, bem abaixo do preço atual das ações. Tudo isso, porém, era sabido antes da estreia na bolsa.

O IPO da Snap deu voz a um investidor que esperava ansioso por novas oportunidades do mercado de tecnologia. Somente 26 companhias de tecnologia abriram capital no ano passado nos Estados Unidos, do total de 105 IPOs, abaixo das 170 em 2015. Desde a crise de 2008, a oferta de IPOs diminuiu drasticamente e a baixa taxa de juros do mercado americano tem facilitado que startups capitalizem-se através de investidores e fundos, retardando a abertura de capital.

Na média, empresas que recém abriram capital se saíram muito pior do que as que já consolidadas. De março de 2009, no pós-crise, até agora, o índice S&P 500 subiu 254%, já o índice da Bloomberg que mede IPOs teve alta de 165% no mesmo período. Segundo uma pesquisa da agência Reuters, 8 das 10 maiores ações de tecnologia caíram de 25% a 71% no primeiro ano antes de estabilizar. O Snapchat estreou com tudo, mas as perspectivas continuam sendo sombrias para a rede social.

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