Da Redação
Publicado em 16 de setembro de 2016 às 07h11.
Última atualização em 23 de junho de 2017 às 19h39.
Passados 15 dias do impeachment de Dilma Rousseff, o índice Ibovespa está exatamente onde estava no final de agosto – na casa dos 57.900 pontos. Mas analistas são praticamente unânimes em afirmar que, apresentadas as reformas previstas, a economia vai voltar a acelerar e, ato contínuo, as ações vão voltar a subir. Continua sendo, portanto, um momento propício para investir – ao menos em empresas que devem se beneficiar das melhoras. Mais quais são elas?
Na noite de quarta-feira, alguns dos maiores investidores brasileiros se reuniram no Insper, em São Paulo, para o lançamento do livro Fora da Curva, e tentaram tirar um pouco do nevoeiro no caminho. Florian Bartunek, fundador da gestora Constellation, afirmou que, antes de mais nada, é preciso lembrar da estratégia de Warrent Buffet – ele tinha uma pilha de papeis de setores que considerava “muito difícil”.
Para ele, commodities, neste momento, está na pilha do muito difícil, com as reviravoltas na economia global e as incertezas sobre a China. “Eu me focaria mais no Brasil. As empresas vão ter que voltar a investir”, afirmou. “Eu iria em varejo e negócios ligados à economia doméstica”. Guilherme Affonso Ferreira, fundador da Bahema Participações, concordou, mas afirmou que, tão importante quanto escolher a indústria, é acertar na ação. “Dentro da indústria tem gente boa e ruim, competente e incompetente”, disse. São os competentes, concordam os investidores, que conseguirão navegar melhor mesmo se as incertezas continuarem. Mas se o governo ajudar, ninguém vai reclamar.