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As ações que mais caíram na semana

Nenhuma empresa do Ibovespa registrou alta no período e papéis de construção civil se destacaram novamente entre as quedas

Ambev foi 'sobrevivente' pela maior parte do pregão (Divulgação)

Ambev foi 'sobrevivente' pela maior parte do pregão (Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 18 de maio de 2012 às 17h42.

São Paulo – Queda de 8,29% e patamar dos 54 mil pontos. Foi assim que o Ibovespa terminou uma semana tensa, de forte queda nos mercados internacionais.

Notícias da Europa, especialmente sobre o governo da Grécia e uma possível ‘crise bancária’ na Espanha, influenciaram a queda das bolsas mundo afora.

Embora o problema maior seja no exterior, a bolsa brasileira é fortemente penalizada. A gestora Legan Asset copilou dados sobre os principais mercados financeiros e mostrou que o Ibovespa caiu nos últimos dois meses, 10% em dólar, enquanto a bolsa de Madri, que está no olho do furacão, perdeu 7%.

Além dos riscos externos, o Brasil tem seus próprios problemas para refletir na bolsa. Segundo Ivan Kraiser, sócio e gestor da Legan Asset, três fatores principais influenciaram na queda: risco político, câmbio e desvalorização das ações de construtoras. “Juntas, essas empresas, que vêm caindo muito, têm forte peso no Ibovespa”, disse. Tanto vêm caindo que se destacaram na ponta de baixa nesta semana.

O período, tenso como foi, não teve sobreviventes e todas as ações fecharam a semana em queda.

Confira as 10 ações que mais caíram no Ibovespa nesta semana

Empresa Ação Preço (R$) Variação %
PDG Realty PDGR3 3,17 -30,02
Brookfield BISA3 3,65 -25,66
Rossi RSID3 5,39 -24,62
Usiminas USIM3 12,65 -23,38
Gafisa GFSA3 3,01 -19,95
JBS JBSS3 5,87 -19,15
LLX LLXL3 2,59 -17,25
MRV MRVE3 9,86 -16,09
OGX OGXP3 11,53 -15,16
Americanas LAME4 12,26 -12,55

Construtoras afundam novamente

As ações de construção civil e imobiliárias tiveram a segunda semana consecutiva de forte queda no mercado, trocando apenas a ordem no ranking – e a intensidade, já que as quedas foram bem mais fortes.


O destaque de queda nesta semana ficou com os papéis da PDG Realty. A empresa divulgou na quinta-feira, dia 15 de maio, seus resultados do primeiro trimestre.

A companhia viu seu lucro líquido cair 86% em relação ao mesmo período do ano passado, para 32,5 milhões de reais. Na mesma base de comparação, o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado caiu 38%, para 221,6 milhões de reais, e a receita líquida caiu 2%, para 1,476 bilhão de reais.

As ações da Rossi, Brookfield, Gafisa e MRV também foram destaque negativo nesta semana.

Fora do setor, o destaque de queda ficou com os papéis da JBS, que divulgou seu balanço também no dia 15 de maio.

A reestruturação da dívida da empresa pesou sobre os números, que vieram abaixo das perspectivas de analistas. O lucro líquido caiu 21% no primeiro trimestre em relação ao mesmo período de 2011, para 116,1 milhões de reais. Na mesma base de comparação, o Ebitda caiu 16%, para 696,5 milhões de reais.

Ambev e Souza Cruz quase subiram

Embora durante a maior parte do pregão a Ambev e Souza Cruz tenham subido sozinhas no índice, as empresas não resistiram e terminaram a semana com leve queda. Enquanto a Ambev caiu 0,35% no período, a Souza Cruz perdeu 0,69%.

Uma questão ‘técnica’ ajuda as empresas a se descolarem do Ibovespa. Um relatório do J.P. Morgan enviado para clientes aponta que ambas empresas tem um ‘beta’ baixo. Na prática, o número indica o nível de ‘aderência’ ao Ibovespa.

Segundo o relatório mostra, a Ambev tem um beta de 0,3 e Souza Cruz de 0,4. Pela definição, um beta igual a 1 é um ativo médio, que tende a refletir muito de perto o Ibovespa. Um ativo com beta acima de 1, é agressivo. Ou seja: uma ação com beta 2 pode subir ou cair duas vezes mais o Ibovespa. Já um beta menor que 1, como é o caso das ações que subiram, tende a se descolar do índice e ser mais defensivo.

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