Mercados

As 10 ações que mais caíram e subiram nesta semana

Marfrig continua a subir; Grupo Oi tem o pior desempenho

No ano, a desvalorização acumulada do Ibovespa é de 20,79% (Germano Lüders/EXAME.com)

No ano, a desvalorização acumulada do Ibovespa é de 20,79% (Germano Lüders/EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 25 de novembro de 2011 às 19h36.

São Paulo – Os mercados financeiros tiveram mais uma semana de tensão. As bolsas de valores caíram em todo o mundo em mais uma rodada de notícias sobre a crise europeia que só aumentou a incerteza em torno de uma solução para os problemas das dívidas dos países da região. O Ibovespa terminou a semana com uma queda de 3,24%, aos 54.894 pontos. No ano, a desvalorização acumulada é de 20,79%.

As dos títulos da Itália e da Espanha voltaram a disparar. Em uma reunião na quinta-feira, o primeiro ministro italiano, Mario Monti, a chanceler alemã, Angela Merkel, e o presidente francês, Nicolas Sarkozy, disseram que "uma queda da Itália provocaria inevitavelmente o fim do euro", disse uma nota da liderança do governo italiano.

A Itália emitiu títulos de seis meses nesta sexta-feira com juros de 6,504%, contra 3,535% na última emissão de 26 de outubro. Os papéis de dois anos ficaram com um rendimento de 7,814%, contra os 4,628% anteriores. Nem a Alemanha escapou. O país realizou uma emissão nesta semana com uma fraca demanda.

Fabio Kanczuk, professor livre-docente de macroeconomia da USP, definiu os problemas com a Alemanha à uma sensação de que “estrepou tudo”. “Na verdade eu queria usar outro verbo, com significado mais preciso e colorido, mas estou sendo censurado”, disse ele em um post no blog "A consciência de dois liberais" de EXAME.com.

“Para a semana que se inicia sugerimos uma atenção especial à farta agenda imobiliária americana e ao comportamento dos leilões de bonds [títulos da dívida] longos na Europa, elementos importantes para uma nova precificação da aversão ao risco global”, destaca o chefe de análise e estrategista da Ágora Corretora, Marco Melo.

Em alta

As ações da Marfrig lideraram o Ibovespa pela segunda semana consecutiva. O frigorífico anunciou no dia 11 de novembro ter registrado um prejuízo de 687,2% maior no terceiro trimestre de 2011 em comparação com o mesmo período de 2010, ficou no topo do índice nesta semana.

table.tableizer-table {border: 1px solid #CCC; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;} .tableizer-table td {padding: 4px; margin: 3px; border: 1px solid #ccc;}
.tableizer-table th {background-color: #104E8B; color: #FFF; font-weight: bold;}

Empresa Código Preço Var. Sem. (%) Var. Ano (%)
Marfrig MRFG3 8,81 12,23 -42,72
JBS JBSS3 5,86 8,32 -18,27
Copel CPLE6 34,99 4,48 -12,1
Souza Cruz CRUZ3 23,05 4,11 35,05
Gafisa GFSA3 5,35 3,28 -54,48
Duratex DTEX3 8,55 2,89 -41,76
Cesp CESP6 30,19 2,86 14,54
Pão de Açúcar PCAR4 61,65 2,84 -10,02
CCR Rodovias CCRO3 47 2,22 4,22
Redecard RDCD3 29,33 1,84 49,59

O resultado registrou um aumento de 169,3% no Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortizações), para 637 milhões de reais. “Apesar do novo prejuízo líquido registrado no trimestre, decorrente principalmente do efeito não-caixa do câmbio sobre a dívida, o desempenho operacional da Marfrig surpreendeu positivamente”, disse o analista Henrique Koch do BB Investimentos, em um relatório.

“As ações do Marfrig caíram 50% no ano e podem já ter atingido o fundo. Esperamos que elas se recuperem dos níveis atuais baseadas na melhora da perspectiva para as margens e no valuation atual”, ressaltaram Daniela Bretthauer e Joseph Giordan, analistas da Raymond James em um relatório publicado no dia 21 de novembro.

Em baixa

Do lado negativo do índice, o destaque desta semana foi o grupo Oi. A empresa anunciou na quinta-feira que o banco BNP Paribas, escolhido para realizar a avaliação das ações da Telemar Norte Leste dos acionistas que decidirem não trocar os papéis pelos da nova empresa – que será resultado da união das quatro subsidiárias da Telemar Participações, encontrou um valor de 74,39 reais para as ações TMAR5 e TMAR3 para os acionistas posicionados desde 23 de maio.

table.tableizer-table {border: 1px solid #CCC; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;} .tableizer-table td {padding: 4px; margin: 3px; border: 1px solid #ccc;}
.tableizer-table th {background-color: #104E8B; color: #FFF; font-weight: bold;}

Empresa Código Preço Var. Sem. (%) Var. Ano (%)
Telemar Norte Leste TMAR5 40,1 -14,32 -14,47
Usiminas USIM3 19,7 -13,82 -7,31
Usiminas USIM5 10,6 -11,52 -44,27
LLX LLXL3 3,11 -10,89 -34,25
BM&Fbovespa BVMF3 9,47 -10,49 -23,92
Fibria FIBR3 12,75 -8,93 -51,28
CSN CSNA3 14,27 -8,41 -43,56
MMX MMXM3 6,2 -7,74 -44,79
Braskem BRKM5 13,02 -7,33 -33,67
Telemar TNLP3 18,4 -6,93 -42,01

A Ágora Corretora recomenda o exercício do resgate pois o valor econômico da Telemar está muito acima do preço em bolsa e 20% acima do preço-alvo estabelecido pelos analistas.

“Mantemos nossa recomendação para as ações da Oi baseados no valuation que mostra as ações com desconto e atrativas. Entretanto, admitimos que as ações não possuem um motivador de valorização de curto prazo até o fim do processo de reestruturação, e ainda preferimos outras ações do setor como TIM e Telefônica Brasil em especial. No Grupo Oi, preferimos suas ações ordinárias”, mostra um relatório publicado nesta sexta-feira.

Acompanhe tudo sobre:3GAlimentos processadosB3bolsas-de-valoresBrasil TelecomCarnes e derivadosEmpresasEmpresas abertasEmpresas brasileirasEmpresas portuguesasMarfrigOiOperadoras de celularServiçosTelecomunicaçõesTelemar

Mais de Mercados

Dólar sobe para R$ 6,19 com indefinição sobre emendas parlamentares

Megafusão de Honda e Nissan: um 'casamento' de conveniência sob intensa pressão

Ibovespa fecha penúltimo pregão em baixa e cai 1,5% na semana; dólar sobe 2%

Embraer assina contrato para vender 2 unidades do C-390 Millennium para cliente não revelado