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Após seis altas, dólar fecha em queda com fala de Guedes sobre Previdência

Moeda americana recuou 1,11%, a R$ 3,7633, após mercado receber positivamente declarações do ministro da Economia em Davos

Dólar: Na máxima, moeda chegou a R$ 3,8128 reais (Pixabay/Reprodução)

Dólar: Na máxima, moeda chegou a R$ 3,8128 reais (Pixabay/Reprodução)

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Reuters

Publicado em 23 de janeiro de 2019 às 17h11.

Última atualização em 23 de janeiro de 2019 às 17h38.

O dólar encerrou em queda ante o real nesta quarta-feira, quebrando sequência de seis pregões de alta, com o mercado recebendo positivamente comentários do ministro da Economia, Paulo Guedes, sobre a relevância da reforma da Previdência.

O dólar recuou 1,11 por cento, a 3,7633 reais na venda. Na máxima da sessão, a moeda chegou a 3,8128 reais e na mínima alcançou 3,7620 reais. O dólar futuro operava em queda de cerca de 1,4 por cento.

Nos seis pregões anteriores, a moeda acumulou valorização de 2,88 por cento ante o real.

Em Davos, na Suíça, Guedes afirmou à Bloomberg TV que a maior prioridade é a reforma da Previdência e que cortará mais da metade do déficit fiscal como resultado da reforma. O ministro está em Davos em razão do Fórum Econômico Mundial.

"Embora seja bem otimista essa expectativa de zerar o déficit em 2019, a postura dele (Guedes) de falar o que o mercado queria ouvir deu essa força para o real", afirmou o corretor da operadora H.Commcor, Cleber Alessie Machado.

Desde segunda-feira, o mercado está sob expectativa de informações sobre a reforma da Previdência vindas de Davos, o que foi de certa forma frustrado após um discurso genérico do presidente, Jair Bolsonaro, na terça-feira.

Nesta quarta-feira, uma entrevista coletiva que teria a participação de Guedes e Bolsonaro foi cancelada de última hora, mas não houve uma forte reação do mercado.

Na visão da estrategista de câmbio do Banco Ourinvest, Fernanda Consorte, a reunião entre Guedes e alguns investidores estrangeiros na véspera pode já ter sido suficiente para "passar a mensagem" sobre as reformas que o novo governo pretende.

"A mensagem de certa forma foi passada, isso acaba influenciando mais do que a visão negativa do cancelamento... O que foi falado ontem pode ter sido suficiente para a explicação do tema das reformas para investidores", ponderou Fernanda.

Agentes de mercado também continuam acompanhando a guerra comercial entre EUA e China, que ganhou um novo capítulo nesta quarta-feira com uma declaração de um assessor econômico da Casa Branca de que pode haver um acordo até 1º de março.

O Banco Central vendeu nesta sessão 13,4 mil contratos de swap cambial tradicional, equivalente à venda futura de dólares. Desta forma, rolou 10,72 bilhões de dólares do total de 13,398 bilhões de dólares que vencem em fevereiro.

Se mantiver essa oferta diária e vendê-la até o final do mês, terá feito a rolagem integral.

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