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Após bater máxima histórica, Bolsa abre em queda com balanços e exterior

Às 11:47, o Ibovespa caía 0,91%, a 108.587,69 pontos

Bolsa: índice abre em queda nesta sexta (NurPhoto / Colaborador/Getty Images)

Bolsa: índice abre em queda nesta sexta (NurPhoto / Colaborador/Getty Images)

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Reuters

Publicado em 8 de novembro de 2019 às 10h25.

Última atualização em 8 de novembro de 2019 às 12h51.

São Paulo —  O tom negativo prevalecia na bolsa paulista nesta sexta-feira, em meio a movimentos de realização de lucros endossados pelo exterior desfavorável, com balanços corporativos também pesando no Ibovespa, entre eles o da BRF e da CVC.

Às 11:47, o Ibovespa caía 0,91%, a 108.587,69 pontos. O volume financeiro somava 4,43 bilhões de reais.

O declínio ocorre após o Ibovespa renovar máximas históricas na véspera, quando fechou a 109.580,57 pontos, acumulando ganho de 1,28% na semana.

A ausência de novidades no progresso das negociações comerciais entre Estados Unidos e China endossa cautela nos mercados de ações, após noticiário mais favorável na véspera, citou a equipe da Mirae Asset em nota a clientes.

As bolsas na Europa mostravam perdas, assim como o futuro do norte-americano S&P 500. A sessão também era de alta do dólar ante uma cesta com as principais moedas globais e queda do petróleo.

No Brasil, além de nova bateria de resultados corporativos, também repercutia a decisão da noite da véspera do Supremo Tribunal Federal (STF), que derrubou a possibilidade de prisão após condenação em segunda instância.

A equipe da H.Commcor ressaltou que a decisão atua como componente negativo, tanto pela sensação de insegurança jurídica quanto pelo chamado "risco Lula", uma vez que a decisão deve levar à liberdade o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

"Nesse último aspecto, deve-se expor primeiramente a potencial instabilidade política adicional que a esquerda (fortalecida) promete", afirmou em nota a clientes.

Destaques

- BRF ON caía 1%, mesmo após registrar lucro líquido de 446 milhões de reais nas operações continuadas no terceiro trimestre, revertendo prejuízo de 860 milhões de reais um ano antes, em meio a efeitos tributários e queda sequencial em margens. Em teleconferência, executivos da companhia afirmaram que estão olhando para o quarto trimestre com otimismo em termos da demanda por alimentos no Brasil.

- CVC BRASIL ON desabava quase 10%, tendo no radar lucro líquido ajustado de 97,5 milhões de reais no terceiro trimestre no Brasil, quase estável em relação aos 97 milhões de reais um ano antes, conforme dados pro forma. A companhia também informou que o diretor de finanças Leopoldo Saboya renunciou. Em apresentação, a companhia afirmou que no terceiro trimestre suas operações de turismo de lazer tiveram impacto com o derramamento de óleo em praias do Nordeste.

- VALE ON caía 2%, com o setor de mineração e siderurgia acompanhando o movimento mais fraco de papéis similares na Europa diante da queda do preço do minério de ferro. USIMINAS PNA cedia 2,3% e CSN ON recuava 1,2%.

- IGUATEMI ON desvalorizava-se 2,4%, apesar do balanço trimestral, que mostrou lucro antes de juros impostos, depreciação e amortização (Ebitda) de 168,5 milhões de reais, alta de 19,4%, em relação ao mesmo período do ano anterior.

- BR DISTRIBUIDORA ON subia 3,45%, tendo de pano de fundo programa de desligamento voluntário que trará redução total estimada de despesas de cerca de 650 milhões de reais anuais.

- PETROBRAS PN recuava 1,5%, após forte valorização na véspera, acompanhando o declínio dos preços do petróleo no mercado externo. PETROBRAS ON cedia X%.

- BRADESCO PN caía 1,6X% e ITAÚ UNIBANCO PN perdia 1,2%, acompanhando as vendas generalizadas na bolsa paulista e pesando no Ibovespa dado o peso relevante que ambos detêm na composição do índice.

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