São Paulo - As ações da TIM (TIMP3) continuam caindo no pregão de hoje. Após desvalorizarem quase 5% ontem, hoje os papéis chegaram a cair 5,41% na mínima do dia. Para o Santander, papel da empresa se tornou mais atrativo com a queda e recomenda sua compra.

A desvalorização foi motivada pela notícia divulgada ontem de que a TIM estaria sendo investigada pela CVM (Comissão de Valores Imobiliários) e pela SEC (órgão equivalente nos EUA) sobre irregularidades em seus balanços de 2009, 2010 e 2011. Segundo as notícias, as provisões para perdas em causas judiciais equivalentes a R$ 6,6 bilhões estavam sendo muito baixas
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A Tim se posicionou na tarde de ontem afirmando que as acusações eram “absolutamente inverídicas, equivocadas e falaciosas”. Mesmo assim os papéis continuam a cair.

“Nós vemos essa venda como exagerada, mas mantemos nossa recomendação como neutral”, diz o analista Rodrido Villanueva, do Bank of America Merryl Linch. Ele acredita que a empresa ainda enfrenta uma dinâmica competitiva difícil e de controle regulatório. Segundo o analista, a Tim já acumula 20% de queda este ano, sendo negociada a 3,5 vezes o ebitda (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização). 

“Embora estes múltiplos pareçam indicar um potencial de queda limitado, nós gostaríamos de ver uma dinâmica competitiva mais estável, resultados mais consistentes nos próximos trimestres e menos controle regulatório antes de assumir uma posição mais positiva”, diz Rodrigo em seu relatório.

Os analistas Leonardo Milane e Guilherme Guntovitch, do Santander, reduziram para 12 reais por ação o preço-alvo à Tim, mas reiteraram a recomendação de desempenho acima do mercado. “Vemos a empresa negociando em nível atrativo, porém não esperamos que o resultado no terceiro trimestre seja catalisador positivo”, dizem. Eles recomendam ainda que o investidor com foco no curto prazo espere por mais evidências de recuperação de crescimento antes de investir.

Apesar de manter sua recomendação de compra, a Citi Corretora também manteve uma postura mais cautelosa por conta da competitividade cada vez mais acentuada no setor de telecomunicações e da maior pressão da Anatel por melhoria na qualidade dos serviços.