Mercados

Após abrir em queda, dólar sobe e passa os R$ 3,30

A moeda havia registrado na quinta-feira, 19, alta de 2,49%, atingindo R$ 3,2950, no maior patamar desde 1º de abril de 2003 e


	Notas de cem dólares: às 9h35, o dólar à vista subia 0,46%, a R$ 3,3100, depois de alcançar R$ 3,3140 na máxima da sessão
 (Revisorweb/WikimediaCommons)

Notas de cem dólares: às 9h35, o dólar à vista subia 0,46%, a R$ 3,3100, depois de alcançar R$ 3,3140 na máxima da sessão (Revisorweb/WikimediaCommons)

DR

Da Redação

Publicado em 20 de março de 2015 às 10h36.

São Paulo - O dólar à vista no balcão abriu nesta sexta-feira, 20, em queda, influenciado pela desvalorização da moeda no exterior e em meio a uma realização de lucros diante dos ganhos acumulados recentemente.

A moeda havia registrado na quinta-feira, 19, alta de 2,49%, atingindo R$ 3,2950, no maior patamar desde 1º de abril de 2003 e acumulado ganhos de 15,37% em março e de 24,11% em 2015.

Porém, o dólar virou e testava máximas na manhã desta sexta-feira, 20, acima de R$ 3,31, amparado pelo desconforto dos investidores com o ambiente doméstico, que foi renovado pela inflação acumulada em 12 meses pelo IPCA-15 de março e pelo emprego industrial em janeiro.

Às 9h35, o dólar à vista subia 0,46%, a R$ 3,3100, depois de alcançar R$ 3,3140 na máxima da sessão (0,58%). Na abertura, a moeda foi negociada a R$ 3,2800, em baixa de 0,46%. No futuro, o dólar para abril avançava 0,38%, a R$ 3,3170, depois de abrir a R$ 3,2910 (-0,41%).

No exterior, a moeda dos EUA renovou mínima ante o euro e perdeu força ante o iene em meio a comentários de que a Grécia poderá receber novos recursos até o dia 8 de abril se apresentar um pacote convincente de medidas e reformas até o fim da semana que vem ao Eurogrupo, que é formado por ministros de Finanças da zona do euro, de acordo com uma autoridade europeia com conhecimento do assunto.

Os mesmos comentários renovaram o fôlego das Bolsas europeias e dos índices futuros de Nova York e aceleraram a queda dos rendimentos dos Treasuries.

De volta ao Brasil, incertezas internas quanto ao ajuste fiscal coordenado pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy, no Congresso, o programa de swaps cambiais do Banco Central, entre outras, também favorecem a alta da moeda norte-americana ante o real.

O mercado de câmbio também deve monitorar a presidente Dilma Rousseff, que participa a partir das 10 horas da abertura da colheita do arroz ecológico e inauguração de uma unidade de secagem e armazenamento em Eldorado do Sul (RS).

Ontem, durante fala dela, o mercado reagiu comprando dólares.

A inflação pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - 15 (IPCA-15) desacelerou de 1,33% em fevereiro para 1,24% em março, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e coincidiu com a mediana das estimativas do mercado financeiro (1,24%, com base em expectativas de 1,00% a 1,50%, conforme levantamento AE Projeções).

No acumulado de 12 meses até março, o avanço do indicador foi de 7,90%, acima do teto da meta do governo (6,5%).

Já o emprego na indústria teve ligeiro recuo de 0,1% na passagem de dezembro para janeiro, segundo a Pesquisa Industrial Mensal de Emprego e Salário do IBGE.

No mês anterior, o total de empregados tinha registrado crescimento de 0,3%, interrompendo oito meses de taxas negativas consecutivas, período em que acumulou uma perda de 4,3%. Em relação a janeiro de 2014, o emprego industrial recuou 4,1%.

Acompanhe tudo sobre:Açõesbolsas-de-valoresCâmbioDólarMoedas

Mais de Mercados

Dólar fecha em R$ 5,73, maior valor em mais de dois anos: pessimismo com Copom impactou a divisa

BTG retira Petrobras (PETR4) da carteira para agosto, mas ainda se mantém no setor de petróleo

Ibovespa recua em dia de aversão a risco enquanto dólar bate R$ 5,73

Meta anima investidores com vendas acima da expectativa

Mais na Exame