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Apesar do BC, dólar sobe 0,56% e se aproxima de R$2,18

Investidores ainda estão ansiosos diante da possível redução do estímulo nos Estados Unidos

O dólar ganhou 0,56 %, cotado a 2,1782 reais na venda, sendo que na máxima do dia chegou a 2,1861 reais e, na mínima, 2,1605 reais (Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 18 de junho de 2013 às 17h15.

São Paulo - O dólar subiu ante o real pela terceira sessão consecutiva nesta terça-feira, aproximando-se do patamar de 2,18 reais no fechamento e renovando a máxima em quatro anos, mesmo após o Banco Central atuar duas vezes, com investidores ansiosos diante da possível redução do estímulo nos Estados Unidos.

O dólar ganhou 0,56 %, cotado a 2,1782 reais na venda, sendo que na máxima do dia chegou a 2,1861 reais e, na mínima, 2,1605 reais. Segundo dados da BM&F, o volume negociado ficou em torno de 2 bilhões de dólares.

A cotação de fechamento continuou sendo a mais alta desde 30 de abril de 2009, quando ficou em 2,182 reais. Nos últimos três pregões, o dólar já acumulou alta de 2,10 % sobre o real.

"O BC entendeu que o mercado queria comprar dólar e foi injetando e, apesar dos 4,5 bilhões de dólares que ele despejou, o cenário não é de dólar para baixo", afirmou um operador de um grande banco nacional. "Temos um cenário de incertezas internas, dólar quase todo dia se valorizando ante as moedas. Acaba que o BC vem remando contra a maré", emendou.

O BC fez dois leilões de swap cambial tradicional --equivalentes a vendas de dólares no mercado futuro-- e, diferentemente de operações anteriores, vendeu grande parte da oferta com volume financeiro equivalente a 4,5 bilhões de dólares e evidenciando forte demanda do mercado por divisas.

Após o anúncio do segundo leilão, o dólar chegou a cair, mas o movimento perdeu força e fez o dólar voltar a avançar para, depois, recuar novamente, mostrando volatilidade nos negócios deste pregão.

Na véspera, o BC também realizou um leilão de swap cambial tradicional depois que o dólar atingiu 2,1781 reais na máxima do dia. Mesmo assim, a divisa encerrou em alta de 0,84 % ante o real, a 2,1661 reais na venda, maior patamar de fechamento desde 30 de abril de 2009.

"O BC nitidamente não quer ver o dólar muito acima de 2,15 reais, mas a economia mundial toda luta contra ele", disse o economista-chefe do Gradual Investimentos, André Perfeito, ressaltando que o fortalecimento do dólar intensifica as pressões inflacionárias.


O presidente do BC, Alexandre Tombini, afirmou nesta terça-feira que a condução adequada da política monetária, junto ao regime de câmbio flutuante, diminui eventuais repassses da alta da divisa dos EUA aos preços.

Para a equipe econômica do governo, os movimentos do dólar no Brasil são normais neste momento, com os investidores do mundo todo de olho nos próximos passos do Fed, segundo uma fonte próxima da área econômica, lembrando que esse é um período de realocação dos ativos no mercado mundial.

Apreensão puxa dólar

Analistas alertavam, no entanto, que não apenas a apreensão com a reunião do Fed, mas também a desconfiança dos investidores com a economia brasileira impulsionavam a alta do dólar no Brasil.

"Há uma ansiedade em relação à reunião do Fed que começa hoje e isso está levando o dólar a se valorizar frente à maioria das moedas lá fora, e isso está puxando o dólar aqui também, em meio a preocupações com os fundamentos da economia brasileira", afirmou o estrategista-chefe do Banco WestLB Luciano Rostagno.

Os investidores seguem agora na expectativa do resultado da reunião do Fed e das declarações de seu chairman, Ben Bernanke, na quarta-feira, em busca de sinais sobre os rumos da política do banco.

No exterior, divisas ligadas a commodities peridam força ante o dólar: o dólar australiano recuava 0,69 % ante a moeda dos EUA, enquanto a divisa norte-americana avançava 0,40 % em relação ao peso mexicano.

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O dólar ganhou 0,56 %, cotado a 2,1782 reais na venda, sendo que na máxima do dia chegou a 2,1861 reais e, na mínima, 2,1605 reais. Segundo dados da BM&F, o volume negociado ficou em torno de 2 bilhões de dólares.

A cotação de fechamento continuou sendo a mais alta desde 30 de abril de 2009, quando ficou em 2,182 reais. Nos últimos três pregões, o dólar já acumulou alta de 2,10 % sobre o real.

"O BC entendeu que o mercado queria comprar dólar e foi injetando e, apesar dos 4,5 bilhões de dólares que ele despejou, o cenário não é de dólar para baixo", afirmou um operador de um grande banco nacional. "Temos um cenário de incertezas internas, dólar quase todo dia se valorizando ante as moedas. Acaba que o BC vem remando contra a maré", emendou.

O BC fez dois leilões de swap cambial tradicional --equivalentes a vendas de dólares no mercado futuro-- e, diferentemente de operações anteriores, vendeu grande parte da oferta com volume financeiro equivalente a 4,5 bilhões de dólares e evidenciando forte demanda do mercado por divisas.

Após o anúncio do segundo leilão, o dólar chegou a cair, mas o movimento perdeu força e fez o dólar voltar a avançar para, depois, recuar novamente, mostrando volatilidade nos negócios deste pregão.

Na véspera, o BC também realizou um leilão de swap cambial tradicional depois que o dólar atingiu 2,1781 reais na máxima do dia. Mesmo assim, a divisa encerrou em alta de 0,84 % ante o real, a 2,1661 reais na venda, maior patamar de fechamento desde 30 de abril de 2009.

"O BC nitidamente não quer ver o dólar muito acima de 2,15 reais, mas a economia mundial toda luta contra ele", disse o economista-chefe do Gradual Investimentos, André Perfeito, ressaltando que o fortalecimento do dólar intensifica as pressões inflacionárias.


O presidente do BC, Alexandre Tombini, afirmou nesta terça-feira que a condução adequada da política monetária, junto ao regime de câmbio flutuante, diminui eventuais repassses da alta da divisa dos EUA aos preços.

Para a equipe econômica do governo, os movimentos do dólar no Brasil são normais neste momento, com os investidores do mundo todo de olho nos próximos passos do Fed, segundo uma fonte próxima da área econômica, lembrando que esse é um período de realocação dos ativos no mercado mundial.

Apreensão puxa dólar

Analistas alertavam, no entanto, que não apenas a apreensão com a reunião do Fed, mas também a desconfiança dos investidores com a economia brasileira impulsionavam a alta do dólar no Brasil.

"Há uma ansiedade em relação à reunião do Fed que começa hoje e isso está levando o dólar a se valorizar frente à maioria das moedas lá fora, e isso está puxando o dólar aqui também, em meio a preocupações com os fundamentos da economia brasileira", afirmou o estrategista-chefe do Banco WestLB Luciano Rostagno.

Os investidores seguem agora na expectativa do resultado da reunião do Fed e das declarações de seu chairman, Ben Bernanke, na quarta-feira, em busca de sinais sobre os rumos da política do banco.

No exterior, divisas ligadas a commodities peridam força ante o dólar: o dólar australiano recuava 0,69 % ante a moeda dos EUA, enquanto a divisa norte-americana avançava 0,40 % em relação ao peso mexicano.

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