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Analista pede cautela com ações da Usiminas no curto prazo

Empresa não tem conseguido repassar o aumento dos custos para os clientes, explica a corretora SLW

Em 2011, as ações preferenciais classe A da Usiminas registram perdas de 21,5%, enquanto as ordinárias adentram o terreno positivo com alta de 3,3%  (Domingos Peixoto/EXAME)

Em 2011, as ações preferenciais classe A da Usiminas registram perdas de 21,5%, enquanto as ordinárias adentram o terreno positivo com alta de 3,3% (Domingos Peixoto/EXAME)

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Da Redação

Publicado em 20 de maio de 2011 às 14h08.

São Paulo – A alta de preços de insumos de produção, sem o repasse aos clientes tem pressionado fortemente a geração operacional de caixa da Usiminas (USIM3 e USIM5), fator que pressiona os preços das ações da siderúrgica, alerta Pedro Galdi, analista-chefe da SLW Corretora.

“Em nossa visão, a margem Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) começará a mostrar uma recuperação no segundo trimestre deste ano, mas ainda muito aquém do que os investidores viam em anos anteriores”, projeta.

A recomendação às ações preferenciais classe A  é de manutenção, com a ressalva de que o curto prazo deve ser de muita cautela com posicionamentos especulativos. Já às ações ordinárias, o posicionamento de Galdi é negativo, com recomendação de venda.

No ano, as ações preferenciais classe A da Usiminas registram perdas de 21,5%, enquanto as ordinárias adentram o terreno positivo com alta de 3,3%.

Mercado siderúrgico

Buscando fôlego na corrida por ganhos em participação de mercado, a Usiminas mostrou nesta semana que está disposta a retomar uma fatia que estava perdida para rivais nos últimos anos. E inaugurou na última quarta-feira (18) sua segunda linha de produção de aço galvanizado.

A empresa deixou de vender o produto no mercado interno por não ter capacidade de produção suficiente, e agora pretende com a nova linha conquistar um terço do mercado doméstico de aço galvanizado para setores não automotivos que incluem linha branca e construção civil. Atualmente, a participação da empresa nesses segmentos é de cerca de 5%.

O futuro vice-presidente de siderurgia da Usiminas, Sergio Leite, disse para jornalistas que a meta é alcançar 30% do mercado o mais rápido possível, talvez já em 2012.O empenho e a estratégia da Usiminas têm avaliação positiva de Galdi.

Ele lembra que a empresa perdeu mercado também na indústria automobilística brasileira nos últimos anos, e quer retomar sua liderança neste segmento. “Além disso, a tecnologia da Nippon Steel também será importante para a Usiminas desenvolver outros produtos para atender a exploração do pré- sal e irá lhe conferir uma grande diferença mercadológica”, destaca Galdi.

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