A Alphabet (GOGL34), controladora do Google, reportou um crescimento em 11% na receita no terceiro trimestre de 2023, segundo o balanço divulgado nesta terça-feira, 24. Com o avanço, a receita registrada foi de US$ 76,69 bilhões ante US$ 75,97 bilhões esperados pelo consenso Refinitiv.

O resultado é derivado de uma recuperação na publicidade da empresa, que alavancou a expansão para dois dígitos pela primeira vez em mais de um ano. No terceiro trimestre, a empresa reportou receitas publicitárias de US$ 59,65 bilhões, acima dos US$ 54,48 bilhões do ano anterior.

A receita de publicidade do YouTube também superou as expectativas dos analistas, reportando US$ 7,95 bilhões, ante US$ 7,81 bilhões esperados. Custos de aquisição de tráfego, por sua vez, ficaram próximas das estimativas, em US$ 12,64 bilhões contra US$ 12,63 bilhões esperados.

O balanço do 2T23 também mostrou um lucro líquido de US$ 19,69 bilhões no terceiro trimestre, com lucro por ação ajustado de US$ 1,55, acima dos US$ 1,45 projetados pelos analistas do FactSet. No ano anterior, o lucro líquido foi de US$ 13,910 bilhões, o que representa uma alta de 41,55%. Já o preço por ação ajustado, no mesmo período de 2022, era de US$ 1,06.

Receita da nuvem decepciona e puxa ações para baixo

Na outra ponta, a receita da Google Cloud ficou abaixo das estimativas e frustrou o mercado, que observou as ações caírem 5,84% durante as negociações estendidas no pregão desta terça. O balanço mostrou que a nuvem registrou uma receita de US$ 8,41 bilhões ante o esperado de US$ 8,64 bilhões.
Apesar disso, o serviço está em crescimento: no trimestre anterior, o montante foi de US$ 6,86 bilhões.

Em relação ao ano anterior, a receita da nuvem cresceu 22%, o dobro da taxa de expansão da empresa como um todo. O negócio também obteve um lucro operacional de US$ 266 milhões, depois de perder US$ 440 milhões no mesmo período do ano anterior.