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Ágora reduz preço-alvo para ações da Vale

Analista traçou um cenário mais conservador para o preço do minério de ferro em 2012

Ações ordinárias ainda tem potencial para crescer 40,15% até o final do ano, enquanto as preferenciais poderão avançar 33,74%, estima Ágora (Divulgação)
DR

Da Redação

Publicado em 12 de julho de 2011 às 18h44.

São Paulo – As ações da mineradora brasileira Vale ( VALE3; VALE5 ) ainda apresentam um potencial de valorização consistente, avalia a equipe de pesquisa da Ágora Corretora, mesmo após ter incorporado em sua análise um cenário econômico global mais conservador, considerando um crescimento mais gradual na China, principal destino das exportações da companhia.

Em relatório, a analista Cristiane Viana recomenda a compra para os ativos da mineradora. Contudo, o preço-alvo foi reduzido a fim de refletir as novas premissas para o preço do minério de ferro, que deve cair em 2012 por conta do desaquecimento gradual na economia global. O preço deve subir 10,7% em 2011, para 168,5 dólares a tonelada em 2011, e cair para 120 dólares no ano seguinte.

“Permanece a visão de que o mercado de minério de ferro continuará apertado, pelo menos, nos próximos três anos em função dos atrasos nos projetos de desenvolvimento, além do fato de que novas reservas encontram-se na área de maior complexidade de exploração (o que resulta em maior risco e custos mais elevados de produção)”, avalia Cristiane.

Em relação às ações preferenciais de classe A ( VALE5 ), o preço-alvo estabelecido caiu de 74,90 reais para 61 reais até dezembro deste ano, o que representa uma queda de 22,78% em comparação ao preço-alvo anterior. Mesmo assim, o novo valor significa um potencial de alta de 33,74% para cada papel em comparação à cotação de 45,61 reais vista no fechamento do pregão de ontem (11).

O preço-alvo para as ações ordinárias ( VALE3 ) recuou de 87,30 reais para 71 reais até o final de 2011, o que representa uma baixa de 22,95%. Apesar disso, o novo valor se traduz em um potencial de ganho de 40,15% para cada papel diante da cotação de 50,66 reais vista no encerramento da última sessão.


Múltiplos atraentes

Na visão da Ágora, apesar de um cenário mais conservador, as ações da Vale estão sendo negociadas a um múltiplo de 4,6 vezes o valor da empresa sobre a geração de caixa (EV/Ebitda) para 2012, ficando inferior as suas concorrentes internacionais.

Além disso, considerando que o preço-alvo estabelecido pela corretora seja atingido, a companhia estaria negociando a um múltiplo de 6,1 vezes o EV/Ebitda de 12 meses, “ainda abaixo da média histórica, que gira em torno de 6,7 vezes”, aponta Cristiane que, por sua vez, classifica de “exagerada a reação do mercado em relação as preocupações internas”.

Segundo ela, as ações da Vale trazem uma visão de retorno de curto e médio prazo. “É importante ressaltar que a Vale deverá apresentar fortes resultados operacionais no segundo trimestre deste ano, reflexo da conjunção de aumento do preço do minério de ferro e também maior volume de venda”, prevê a analista.

Para Cristiane, a geração de caixa da mineradora brasileira, medida pelo conceito Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização), deve alcançar 17,7 bilhões de reais no segundo trimestre do ano, o que representará um crescimento de 35,8% sobre os três meses imediatamente anteriores e uma alta de 70,6% frente à igual período de 2010.

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São Paulo – As ações da mineradora brasileira Vale ( VALE3; VALE5 ) ainda apresentam um potencial de valorização consistente, avalia a equipe de pesquisa da Ágora Corretora, mesmo após ter incorporado em sua análise um cenário econômico global mais conservador, considerando um crescimento mais gradual na China, principal destino das exportações da companhia.

Em relatório, a analista Cristiane Viana recomenda a compra para os ativos da mineradora. Contudo, o preço-alvo foi reduzido a fim de refletir as novas premissas para o preço do minério de ferro, que deve cair em 2012 por conta do desaquecimento gradual na economia global. O preço deve subir 10,7% em 2011, para 168,5 dólares a tonelada em 2011, e cair para 120 dólares no ano seguinte.

“Permanece a visão de que o mercado de minério de ferro continuará apertado, pelo menos, nos próximos três anos em função dos atrasos nos projetos de desenvolvimento, além do fato de que novas reservas encontram-se na área de maior complexidade de exploração (o que resulta em maior risco e custos mais elevados de produção)”, avalia Cristiane.

Em relação às ações preferenciais de classe A ( VALE5 ), o preço-alvo estabelecido caiu de 74,90 reais para 61 reais até dezembro deste ano, o que representa uma queda de 22,78% em comparação ao preço-alvo anterior. Mesmo assim, o novo valor significa um potencial de alta de 33,74% para cada papel em comparação à cotação de 45,61 reais vista no fechamento do pregão de ontem (11).

O preço-alvo para as ações ordinárias ( VALE3 ) recuou de 87,30 reais para 71 reais até o final de 2011, o que representa uma baixa de 22,95%. Apesar disso, o novo valor se traduz em um potencial de ganho de 40,15% para cada papel diante da cotação de 50,66 reais vista no encerramento da última sessão.


Múltiplos atraentes

Na visão da Ágora, apesar de um cenário mais conservador, as ações da Vale estão sendo negociadas a um múltiplo de 4,6 vezes o valor da empresa sobre a geração de caixa (EV/Ebitda) para 2012, ficando inferior as suas concorrentes internacionais.

Além disso, considerando que o preço-alvo estabelecido pela corretora seja atingido, a companhia estaria negociando a um múltiplo de 6,1 vezes o EV/Ebitda de 12 meses, “ainda abaixo da média histórica, que gira em torno de 6,7 vezes”, aponta Cristiane que, por sua vez, classifica de “exagerada a reação do mercado em relação as preocupações internas”.

Segundo ela, as ações da Vale trazem uma visão de retorno de curto e médio prazo. “É importante ressaltar que a Vale deverá apresentar fortes resultados operacionais no segundo trimestre deste ano, reflexo da conjunção de aumento do preço do minério de ferro e também maior volume de venda”, prevê a analista.

Para Cristiane, a geração de caixa da mineradora brasileira, medida pelo conceito Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização), deve alcançar 17,7 bilhões de reais no segundo trimestre do ano, o que representará um crescimento de 35,8% sobre os três meses imediatamente anteriores e uma alta de 70,6% frente à igual período de 2010.

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