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Ações podem suportar alta dos juros longos nos EUA, diz JPMorgan

Os sinais de que o Fed deve apertar sua política de forma mais agressiva contribuíram para um início de ano turbulento para as ações

Estrategistas do JPMorgan continuam otimistas com o mercado de ações no início de 2022 | Foto: Mike Segar/Reuters (Mike Segar/File Photo/Reuters)
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Bloomberg

Publicado em 10 de janeiro de 2022 às 12h23.

Última atualização em 10 de janeiro de 2022 às 17h41.

As ações devem ser capazes de suportar o recente aumento nos rendimentos dos títulos do Tesouro, ainda que tenhamum caminho a percorrer, de acordo com estrategistas do JPMorgan Chase.

“Contanto que os rendimentos estejam subindo pelos motivos certos, incluindo um melhor crescimento, acreditamos que as ações devem ser capazes de tolerar a mudança”, Mislav Matejka e colegas escreveram em nota.

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“O aumento das taxas reais não deve afetar os mercados de ações, ou a atividade econômica, pelo menos até que elas se movam para um território positivo, ou mesmo enquanto as taxas reais estiverem abaixo do crescimento potencial real.”

Os sinais de que o Federal Reserve pode apertar sua política monetária de forma mais agressiva do que o esperado anteriormente contribuíram para um início de ano turbulento para as ações.

O índice Nasdaq 100 perdeu 4,5% na primeira semana de 2022, com o rápido aumento dos rendimentos -- os juros longos -- afetando as ações de crescimento mais caras, avaliadas com base nas expectativas de crescimento futuro.

Os estrategistas do JPMorgan esperam que os rendimentos continuem subindo, até porque a demanda por títulos cairá à medida que o Fed reduz o estímulo e o Banco Central Europeu diminui as compras de ativos.

Embora isso signifique que setores como o de tecnologia vão “lutar para superar o desempenho”, é uma boa notícia para bancos, automóveis e outras áreas cíclicas do mercado de ações, dizem eles.

“No nível geral do mercado, não vemos rendimentos mais altos cancelando o lado positivo”, disseram os estrategistas do JPMorgan, citando o crescimento acima da tendência nos mercados desenvolvidos e uma recuperação econômica iminente na China.

Nem todo mundo é tão otimista. Estrategistas do Goldman Sachs liderados por David Kostin dizem que as ações normalmente enfrentam dificuldades quando o ritmo de movimentação nos mercados de títulos é muito abrupto, como foi o caso na semana passada. E Michael Wilson, do Morgan Stanley, sente que a baixa ainda não acabou.

“Nunca vimos ações tão caras para o mercado geral, o que significa que as avaliações provavelmente cairão mais antes de terminarmos com essa correção”, escreveu Wilson em nota.

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