Londres - As ações europeias caíam nesta segunda-feira, com preocupações sobre o ritmo do crescimento econômico da China prejudicando mineradoras e a Tesco pesando sobre outras varejistas de alimentos após cortar ainda mais sua projeção de lucro para o primeiro semestre.

Às 7h45 (horário de Brasília), o índice das principais ações europeias FTSEurofirst 300 tinha queda de 0,34 por cento, a 1.396 pontos, depois de ter atingido máxima de 6 anos e meio na sexta-feira após a Escócia votar contra a independência.

Os papéis da Tesco recuavam 7,2 por cento, uma das maiores quedas no índice FTSEurofirst 300, após cortar sua projeção em 250 milhões de libras (408 milhões de dólares), seu terceiro alerta este ano, após encontrar um problema em suas contas.

"A Tesco causou um abalo severo na confiança de investidores, com outras varejistas de alimentos também sofrendo", disse o analista de ações da Hargreaves Lansdown, Keith Bowman. "As preocupações em relação à China, as declarações do ministro (chinês) das Finanças e se estímulos econômicos adicionais serão aplicados também parecem estar impactando a confiança de investidores".

O índice europeu de mineração tinha queda de 1,94 por cento, um dos maiores recuos setoriais no FTSEurofirst 300, por receios de que a leitura preliminar do Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) para a indústria na China pode vir abaixo de 50 terça-feira, indicando contração na atividade.

O ministro das Finanças da China, Lou Jiwei, afirmou no domingo que o país não vai alterar dramaticamente sua política econômica por causa de um único indicador econômico.

As declarações foram dadas dias após muitos economistas terem reduzido as perspectivas de crescimento depois da última série de dados fracos.

A China é a maior consumidora de metais do mundo e a segunda maior economia do mundo, e uma desaceleração no país tende a impactar a demanda por matérias-primas e os resultados de companhias.