São Paulo - As ações da Petrobras fecharam nesta sexta-feira com a menor cotação em mais de 10 anos, após a agência de classificação de risco Moody's rebaixar todos os ratings da estatal envolvida em um grande escândalo de corrupção.
As ações preferenciais da Petrobras recuaram 6,5 por cento, a 8,18 reais, no menor nível de fechamento desde setembro de 2004.
A ação ordinária recuou 5,1 por cento para a menor cotação desde maio de 2004, a 8,04 reais.
A Moody's cortou os ratings da estatal na noite de quinta-feira, citando preocupações com investigações sobre corrupção e possível pressão sobre a liquidez da companhia em função de atraso na divulgação de resultados financeiros auditados.
Moody's manteve os ratings em revisão para rebaixamento adicional.
"Repercute a possibilidade da nota de crédito da empresa ser rebaixada à frente, e chegar a perder o chamado grau de investimento", disse a Guide Investimentos em relatório.
Segundo a Desde a divulgação na quarta-feira dos resultados do terceiro trimestre sem as esperadas baixas contábeis relativas ao escândalo de corrupção, os papéis preferenciais da estatal perderam 19,6 por cento, ou quase 2 reais.
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1. 2014 problemático
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1/11 (Galdieri/Bloomberg)
São Paulo - O primeiro trimestre ainda nem acabou, mas a
Petrobras já acumulou problemas neste período que podem valer para o ano inteiro. Entre processo de investigação de propina, preço das
ações despencando e produção de
petróleo menor, a petroleira dá indícios que não vive um bom momento. Veja, a seguir, 10 enroscos em que a Petrobras já se meteu neste ano:
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2. Investigação sobre propina
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2/11 (Sérgio Moraes/Reuters)
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3. Endividamento bilionário
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3/11 (REUTERS/Nacho Doce)
A captação de 8,5 bilhões de dólares anunciada pela Petrobras nesta semana deve impactar ainda mais o endividamento da estatal. Segundo reportagem do jornal O Estado de S. Paulo,
a dívida líquida da petroleira deverá passar de 100 bilhões de dólares até 2018. De acordo com o novo plano de negócios quinquenal da Petrobras (2014-2018), 60,5 bilhões de dólares serão levantados em dívida bruta nos próximos cinco anos.
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4. Queda da produção
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4/11 (Pedro Lobo/Bloomberg News)
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5. Multa bilionária
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5/11 (REUTERS/Sergio Moraes)
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6. Ações despencaram
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6/11 (Alexandre Battibugli/EXAME)
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7. Valor de mercado menor
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7/11 (Dado Galdieri/Bloomberg)
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8. Preço do dólar divergente
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8/11 (Bruno Domingos/Reuters)
Durante evento para divulgar seu plano de investimentos para os próximos cinco anos, a Petrobras afirmou que vai trabalhar com um dólar de 2,23 reais neste ano.
A cotação média do mercado, no entanto, ultrapassa a cifra de 2,40 reais e a diferença está preocupando o mercado, que não consegue entender como a estatal chegou a esse valor.
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9. Preço do combustível
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9/11 (Divulgação/Petrobras)
A interferência do governo nos negócios da Petrobras também tem preocupado investidores, principalmente quando o assunto é o polêmico reajuste no preço do combustível.
A fim de não aumentar a inflação, o governo tem segurado os preços e a estratégia tem impactado negativamente a petroleira. A estimativa do mercado é que a empresa tenha deixado de ganhar 1,1 bilhão por não repassar alta do petróleo.
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10. Independência do governo
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10/11 (Francois Lenoir/Reuters)
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11. Agora, veja 20 empresas que dominam o país
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11/11 (AGÊNCIA BRASIL)