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Ação da Positivo ainda merece cautela, apesar de alta recente

Santander alerta que o cenário fundamentalista para a companhia continua desafiador

Santander prevê ação da Positivo a R$ 15 até o fim de 2011; o potencial de alta é de 75% (Ariel da Silva Parreira/Getty Images)

Santander prevê ação da Positivo a R$ 15 até o fim de 2011; o potencial de alta é de 75% (Ariel da Silva Parreira/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 7 de junho de 2011 às 11h25.

São Paulo – O investidor ainda precisa manter a cautela com as ações da Positivo (POSI3), apesar da forte alta de 26% em apenas dois dias, afirma o banco Santander em relatório publicado nesta terça-feira (7). Os papéis foram impulsionados por novos rumores de venda da empresa. A Positivo, contudo, negou que esteja negociando o seu controle.

Os analistas Valder Nogueira, Bruno Mendonça e Gregorio Tomassi do Santander afirmaram que não podem excluir a possibilidade da Lenovo buscar novos caminhos no mercado brasileiro, assim como fez em 2008, quando a companhia tentou compra a Positivo, mas falhou em sua negociação.Segundo o banco, esta nova possibilidade deve ser tratada como apenas “um mero potencial de alta para as ações da Positivo”.

Para os analistas, as especulações podem ter sido influenciadas pela recente aquisição da fabricante alemã de computadores Medion pela Lenovo. A compra, realizada por 905,8 milhões de dólares, representou um múltiplo de 22 vezes o preço sobre o lucro realizado em 2010, enquanto a Positivo está com um múltiplo de apenas 6,7 vezes.

Fundamentos

O Santander lembra que os fundamentos para a Positivo continuam desafiadores. O banco avaliou a dinâmica de preços de computadores no Brasil e concluiu que o posicionamento da Positivo não é satisfatório para a Lenovo.

“Estamos aguardando pelos resultados da Positivo, referentes ao segundo trimestre de 2011, para posteriormente realizarmos uma avaliação mais aprofundada, averiguando se estão atrativas as variáveis que afetam a performance da Positivo, como os preços dos PCs e o mix das vendas dos produtos”, dizem os analistas.

O preço-alvo estabelecido pela equipe do Santander é de 15 reais para os papéis ordinários da companhia brasileira até o final do ano, o que representa um potencial de valorização de 75,02% ante a cotação de 8,57 reais vista no fechamento do pregão de ontem (6). A recomendação é de compra.

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