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Ação da Marfrig sofre com fluxo de caixa desafiador, diz Santander

Má gestão dos créditos fiscais pode elevar o nível de alavancagem no curto prazo

Analistas reduziram a recomendação e o preço-alvo às ações do frigorífico (Claudio Rossi/Site Exame)

Analistas reduziram a recomendação e o preço-alvo às ações do frigorífico (Claudio Rossi/Site Exame)

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Da Redação

Publicado em 27 de maio de 2011 às 11h33.

São Paulo – As mudanças nas projeções para o fluxo de caixa da Marfrig Alimentos (MRFG3), segundo maior frigorífico da América Latina, criaram um “cenário desafiador” para a companhia, obrigando a equipe de pesquisa do Santander a rebaixar nesta sexta-feira (27) a recomendação e o preço-alvo para as ações da empresa.

Em relatório, os analistas Luis Miranda e Gabriel Vaz de Lima reduziram a recomendação de manter para underperform (performance abaixo da média do mercado), citando uma deterioração nos níveis de alavancagem no curto prazo, já que a projeção do Santander para a geração do fluxo de caixa da companhia está menor do que as despesas financeiras líquidas.

Diante disso, Miranda e Vaz de Lima também cortaram o preço-alvo para as ações ordinárias da companhia, de 16 reais para 11 reais até o final de 2011. O novo valor representa um potencial de queda de 21,42% frente à cotação de 14 reais registrada no fechamento do pregão de ontem (26).

A equipe do Santander explica que a empresa tem encontrado dificuldades na gestão dos benefícios fiscais.Uma delas está relacionada à estrutura da companhia, influenciada por recentes aquisições de empresas. A quantidade de CNPJs da Marfrig dificulta a coordenação da geração e compensação dos créditos fiscais.

Outra explicação é que o frigorífico se tornou um grande exportador de carne após a compra da Seara, e este tipo de produto está isento de impostos.

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