Minério de ferro Foto: Beawiharta/Reuters (Beawiharta/Reuters)
Da Redação
Publicado em 1 de junho de 2021 às 09h04.
A retomada econômica impulsionada pelos estímulos das principais economias do mundo tem feito o preço das commodities disparar. Nesta terça-feira, 1, o preço do petróleo WTI bateu sua máxima desde outubro de 2018, enquanto o brent alcançou o maior patamar em mais de dois anos. Já o minério de ferro dobrou de valor em um ano, chegando a marca dos 200 dólares por tonelada.
Apesar da forte valorização recente, Bruno Lima, analista-chefe de renda variável da Exame Invest Pro, acredita que o espaço para alta já está muito curto e os preços das commodities devem começar a cair no segundo semestre. “Commodities sobem de escada e descem de elevador”, comentou na Abertura de Mercado desta terça.
A chance de as commodities perderem força no segundo semestre, segundo o analista, é “infinitamente maior” do que a de continuarem subindo. Para Bruno, a desaceleração do crédito na China deve ser um dos principais fatores para uma possível queda dos preços.
“O canal de crédito é superimportante para a alavancagem dos traders chineses. Até agora se teve turbinada de política fiscal e monetária, resultando em excesso de liquidez. No segundo semestre, o efeito base já não beneficia tanto, porque já acelerou bastante. A China não precisa acelerar muito no segundo semestre para entregar 6% de crescimento do PIB, que é a meta do governo”, disse.
De acordo com o analista, a opção para os investidores com investimentos atrelados às commodities é realizar os lucros da operação aos poucos. “Vai colocando no bolso. Mas para isso tem que entender exatamente qual é o racional do investimento.”