A história ensina que é hora de comprar Ibovespa, diz HSBC
Segundo Laidler e Gartner, nos últimos 20 anos houve 19 momentos de “correção” dos preços no mercado brasileiro com mais de 15% de desvalorização do Ibovespa
Da Redação
Publicado em 18 de abril de 2013 às 17h55.
Até um investidor menos experiente sabe que, na bolsa, retorno passado não é garantia de desempenho futuro. Mas, de acordo com analistas da corretora do banco HSBC, a história recente da bolsa brasileira, aliada a um pouco de estatística, pode estar dizendo que chegou a hora de comprar ações e pegar carona em uma onda de recuperação do Índice Bovespa .
De acordo com os estrategistas Ben Laidler e Alexandre Gartner, que assinam o relatório do HSBC enviado hoje a clientes, nos últimos 20 anos houve 19 momentos de “correção” dos preços no mercado brasileiro com mais de 15% de desvalorização do Ibovespa.
Nessas ocasiões, a queda média foi de 22%, e a duração média da “tempestade” foi de sete semanas. “Estamos, atualmente, na 15ª semana consecutiva de desvalorização, com 16% de queda, ou seja, a fase mais longa das duas últimas décadas”, diz o relatório.
Os estrategistas observam ainda que essa correção na bolsa brasileira teve mais a ver com problemas de política interna no Brasil do que por instabilidade no cenário econômico externo.
Segundo os estrategistas, se a história serve de alguma base, três quartos da queda da bolsa (considerando a média de 22%) já ficaram para trás. Ao chegar ao fundo do poço, nesses momentos de correção de preços dos últimos 20 anos, a recuperação que se seguiu foi de 26%, em média.
“Isso sugere uma relação favorável entre risco e retorno para os corajosos que quiserem comprar bolsa no nível em que ela está agora”, diz o relatório.
A menos que…
A observação histórica deixa, entretanto, um alerta. Esse raciocínio só vale se o movimento recente de queda do Ibovespa não for um “crash”, ou a quebra da bolsa. De acordo com o HSBC, houve quatro situações como essa nas duas últimas décadas, em que o Ibovespa teve mais de 40% de queda.
Se fosse esse o caso, os investidores estariam em sérios apuros, já que, segundo os estrategistas, a queda média em cada “crash” foi de 52%. Ou seja, os atuais 16% de desvalorização das últimas 15 semanas não seriam nem metade do caminho ladeira abaixo.
Mas, para alívio geral da nação, os especialistas do banco britânico afirmam que não é o caso. “Não vemos esse movimento como de um ‘crash’, porque o sentimento no mercado já está bem deprimido, tanto quanto os lucros, os preços das ações estão desvalorizados em relação aos fundamentos das empresas, a economia está se recuperando e a esperada alta dos juros deve reduzir o medo do mercado em relação à política”, diz o relatório.
Sete papéis
De acordo com o HSBC, sete papéis da bolsa brasileira já caíram 20% em 2013, mais do que os 16% do Ibovespa. Portanto, são os que têm a maior chance de iniciar um movimento de recuperação.
São eles Eletropaulo PN (ELPL4), CSN ON (CSNA3), Brookfield ON (BISA3), MRV ON (MRVE3), Bradespar PN (BRAP4), Rossi ON (RSID3) e Vale PNA (VALE5).
Até um investidor menos experiente sabe que, na bolsa, retorno passado não é garantia de desempenho futuro. Mas, de acordo com analistas da corretora do banco HSBC, a história recente da bolsa brasileira, aliada a um pouco de estatística, pode estar dizendo que chegou a hora de comprar ações e pegar carona em uma onda de recuperação do Índice Bovespa .
De acordo com os estrategistas Ben Laidler e Alexandre Gartner, que assinam o relatório do HSBC enviado hoje a clientes, nos últimos 20 anos houve 19 momentos de “correção” dos preços no mercado brasileiro com mais de 15% de desvalorização do Ibovespa.
Nessas ocasiões, a queda média foi de 22%, e a duração média da “tempestade” foi de sete semanas. “Estamos, atualmente, na 15ª semana consecutiva de desvalorização, com 16% de queda, ou seja, a fase mais longa das duas últimas décadas”, diz o relatório.
Os estrategistas observam ainda que essa correção na bolsa brasileira teve mais a ver com problemas de política interna no Brasil do que por instabilidade no cenário econômico externo.
Segundo os estrategistas, se a história serve de alguma base, três quartos da queda da bolsa (considerando a média de 22%) já ficaram para trás. Ao chegar ao fundo do poço, nesses momentos de correção de preços dos últimos 20 anos, a recuperação que se seguiu foi de 26%, em média.
“Isso sugere uma relação favorável entre risco e retorno para os corajosos que quiserem comprar bolsa no nível em que ela está agora”, diz o relatório.
A menos que…
A observação histórica deixa, entretanto, um alerta. Esse raciocínio só vale se o movimento recente de queda do Ibovespa não for um “crash”, ou a quebra da bolsa. De acordo com o HSBC, houve quatro situações como essa nas duas últimas décadas, em que o Ibovespa teve mais de 40% de queda.
Se fosse esse o caso, os investidores estariam em sérios apuros, já que, segundo os estrategistas, a queda média em cada “crash” foi de 52%. Ou seja, os atuais 16% de desvalorização das últimas 15 semanas não seriam nem metade do caminho ladeira abaixo.
Mas, para alívio geral da nação, os especialistas do banco britânico afirmam que não é o caso. “Não vemos esse movimento como de um ‘crash’, porque o sentimento no mercado já está bem deprimido, tanto quanto os lucros, os preços das ações estão desvalorizados em relação aos fundamentos das empresas, a economia está se recuperando e a esperada alta dos juros deve reduzir o medo do mercado em relação à política”, diz o relatório.
Sete papéis
De acordo com o HSBC, sete papéis da bolsa brasileira já caíram 20% em 2013, mais do que os 16% do Ibovespa. Portanto, são os que têm a maior chance de iniciar um movimento de recuperação.
São eles Eletropaulo PN (ELPL4), CSN ON (CSNA3), Brookfield ON (BISA3), MRV ON (MRVE3), Bradespar PN (BRAP4), Rossi ON (RSID3) e Vale PNA (VALE5).