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A festa na bolsa vai continuar?

O principal índice da bolsa brasileira chegou ao seu maior patamar em seis anos

Bovespa: analistas estão otimistas mesmo após alta acumulada de 21% em 12 meses (Germano Lüders/Exame)

Bovespa: analistas estão otimistas mesmo após alta acumulada de 21% em 12 meses (Germano Lüders/Exame)

EH

EXAME Hoje

Publicado em 23 de agosto de 2017 às 06h53.

Última atualização em 23 de agosto de 2017 às 07h29.

Os 70.000 pontos projetados por grande parte dos analistas no início do ano chegaram ontem ao Ibovespa, com uma (grande) ajuda da Eletrobras e do projeto do governo para privatizá-la. Com isso, o principal índice da bolsa brasileira chegou ao seu maior patamar em seis anos. Todo mundo se pergunta agora se a alta é sustentável e se o índice continuará renovando suas máximas. A alta acumulada em 12 meses é de 21%.

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Analistas estão otimistas. “O evento Eletrobras serviu como um catalisador de um sentimento do mercado que já vinha construindo antes da delação da JBS”, diz Raphael Figueredo, analista da corretora Clear. Para ele, a alta deve continuar nos próximos dias, à medida em que forem saindo novo os detalhes sobre a privatização da Eletrobras.

Além disso, os investidores continuam de olho nas pautas econômicas que o governo precisa aprovar. Um exemplo é a Taxa de Longo Prazo do banco de fomento BNDES, considerada o principal ajuste fiscal ao lado da reforma da Previdência, e que está para ser votada em comissão. O mercado também aguarda a renegociação do Refis e, obviamente, a aprovação das novas metas fiscais (a previsão do governo é bater o martelo na nova meta, com déficit de 159 bilhões de reais, até o fim de agosto).

Apesar do cenário político ainda conturbado e dos desafios econômicos estruturais, como déficits e aumento da dívida, a alta da bolsa até aqui tem sido puxada pelo cenário de recuperação da economia, redução da taxa de juros, e alta liquidez no mercado internacional. Este tripé, avaliam analistas, deve continuar ser um dos principais motivos para manter o otimismo na bolsa.

A expectativa agora passa a ser pela quebra do recorde histórico nominal do Ibovespa, o patamar de 73.920 pontos (atingido em maio de 2008, sem considerar ajustes inflacionários). O que pode atrapalhar esse otimismo todo, afirmam analistas, é o início das definições de candidaturas para as eleições de 2018. Enquanto isso não acontece, os investidores fazem a festa.

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