A Bovespa não quer concorrência. E ponto final
Edemir Pinto diz para agência Dow Jones que não vai fornecer serviços (que só ela tem) para os concorrentes
Da Redação
Publicado em 30 de março de 2012 às 18h09.
São Paulo – “Não somos contra a concorrência, somos a favor do mercado livre”. A frase de Edemir Pinto é um contrassenso ao título da matéria, mas ilustra a posição do monopólio que a BM&FBovespa ( BVMF3 ) possui sobre o mercado de capitais brasileiro. Ou seja, o executivo defende o mercado livre, mas não parece estar disposto a mexer um dedo para que isso aconteça.
O presidente da BM&FBovespa concedeu uma entrevista para a agência Dow Jones e deixou um aviso bem claro para a concorrência: a bolsa está implementando uma série de projetos, o que significa que ela não irá fornecer serviços para novas entrantes pelo menos até o final de 2013. Duas empresas demonstraram o interesse recentemente em disputar um pedaço do mercado de capitais brasileiro.
A primeira a revelar os planos foi a BATS em fevereiro de 2011. Depois, no final do ano passado, foi a vez da Direct Edge. Uma das principais barreiras para a chegada de um novo concorrente é o modelo integrado da bolsa.
Além da bolsa, ela detém também a CBLC (Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia), que é a contraparte para o mercado de ações e de renda fixa e responsável pela fiscalização dos pagamentos e recebimentos. A BM&FBovespa é obrigada a oferecer os serviços de compensação para qualquer outro participante do mercado. Contudo, a bolsa pode cobrar o preço que desejar, o que poderia impossibilitar a entrada.
Depois de 2013, disse Edemir, tudo será diferente. Não é o que aposta a concorrência. “A BM&FBovespa é um verdadeiro monopólio e eles têm orgulho disso”, disse Ken Conklin, vice-presidente sênior de desenvolvimento de negócios e marketing da BATS Global Markets no ano passado.
São Paulo – “Não somos contra a concorrência, somos a favor do mercado livre”. A frase de Edemir Pinto é um contrassenso ao título da matéria, mas ilustra a posição do monopólio que a BM&FBovespa ( BVMF3 ) possui sobre o mercado de capitais brasileiro. Ou seja, o executivo defende o mercado livre, mas não parece estar disposto a mexer um dedo para que isso aconteça.
O presidente da BM&FBovespa concedeu uma entrevista para a agência Dow Jones e deixou um aviso bem claro para a concorrência: a bolsa está implementando uma série de projetos, o que significa que ela não irá fornecer serviços para novas entrantes pelo menos até o final de 2013. Duas empresas demonstraram o interesse recentemente em disputar um pedaço do mercado de capitais brasileiro.
A primeira a revelar os planos foi a BATS em fevereiro de 2011. Depois, no final do ano passado, foi a vez da Direct Edge. Uma das principais barreiras para a chegada de um novo concorrente é o modelo integrado da bolsa.
Além da bolsa, ela detém também a CBLC (Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia), que é a contraparte para o mercado de ações e de renda fixa e responsável pela fiscalização dos pagamentos e recebimentos. A BM&FBovespa é obrigada a oferecer os serviços de compensação para qualquer outro participante do mercado. Contudo, a bolsa pode cobrar o preço que desejar, o que poderia impossibilitar a entrada.
Depois de 2013, disse Edemir, tudo será diferente. Não é o que aposta a concorrência. “A BM&FBovespa é um verdadeiro monopólio e eles têm orgulho disso”, disse Ken Conklin, vice-presidente sênior de desenvolvimento de negócios e marketing da BATS Global Markets no ano passado.