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Acionistas da Vale começam hoje decisão sobre o Novo Mercado

Eles irão votar uma série de tópicos que tornarão a Vale uma companhia de capital pulverizado e de listagem no nível de mais alto grau da bolsa brasileira

Vale: as da companhia ações estão hoje em um patamar que espera por essa aprovação. (Germano Lüders/Exame)
DR

Da Redação

Publicado em 27 de junho de 2017 às 06h08.

Última atualização em 27 de junho de 2017 às 07h55.

Nesta terça-feira, a partir das 11h, acionistas da mineradora Vale se reúnem para uma das mais importantes decisões da história da empresa.

Eles irão votar uma série de tópicos que tornarão viável o plano para tornar a Vale uma companhia de capital pulverizado e de listagem no nível de mais alto grau de governança da bolsa brasileira, o Novo Mercado.

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Para aprovar seus planos, a Vale precisará do apoio de mais de 50% dos acionistas, que precisarão aprovar itens da pauta como a conversão de ações preferenciais em ordinárias, mudança no estatuto social da companhia e a incorporação da holding que hoje controla a companhia, a Valepar.

“As ações estão hoje em um patamar que espera por essa aprovação. É um ótimo acordo para os acionistas e traz benefícios como melhora na governança na empresa e mais liquidez para os papéis”, diz Marco Saravalle, analista da XP Investimentos.

Se a votação tiver êxito, inicia-se então uma segunda etapa. Nela, acionistas preferencialistas terão um prazo de 45 dias para decidir se trocam seus papéis por ações ordinárias. Será necessário que 54,09% dos preferencialistas concordem com a operação para que o projeto siga adiante.

Após esse passo, os antigos integrantes da holding Valepar (os fundos de pensão estatais Previ, Funcef, Petros e Funcesp; a empresa de participações Bradespar; a mineradora japonesa Mitsui e o braço de participações do banco BNDES, o BNDESPar) assinarão um novo acordo que travará seus papéis em até 20% do total de ações ordinárias da companhia, com duração até novembro de 2020, sem previsão para renovação. Hoje, a Valepar tem 33,7% do capital total da Vale e 53,8% das ações ordinárias.

Mas os planos da mineradora podem enfrentar desafios já nesta terça-feira. Primeiro porque não é tarefa simples reunir quórum suficiente para a votação. Trata-se de uma companhia com mais de 255.000 acionistas. Segundo porque o fundo Capital Group, que detém 20% das ações preferenciais da mineradora, já manifestou preocupação sobre a taxa de conversão de ações e chegou a pedir ao xerife do mercado, a CVM, que interrompesse a assembleia da Vale.

O pedido não foi atendido. Os problemas podem começar se outros acionistas decidirem adotar a mesma postura do Capital Group nesta terça-feira.

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