São Paulo - O Senadoaprovou nesta quinta-feira (12) a abertura do processo de impeachment de Dilma Rousseff. A presidente foi afastada por até 180 dias e quem comandará o país durante este período será o vice Michel Temer. No mercado de ações, boa parte da troca de governo já havia sido antecipada pelos investidores, mas ainda há espaço para novas altas, segundo analistas. Em relatório, o Santander afirmou que os bancos e as empresas dos setores elétrico, educacional e de infraestrutura deverão ser os mais beneficiados por uma melhora da Bolsa no pós-Dilma. Navegue pelas fotos e descubra quais são as sete empresas preferidas do banco nestes segmentos e sua avaliação sobre cada uma delas.
Segundo o Santander, o Itaú possui retorno sobre o patrimônio líquido maior que de seu principal concorrente e historicamente superior ao seu custo de capital próprio. Além disso, a equipe de análise do Santander também destacou o foco do Itaú na melhora da qualidade de seus ativos, com maior exposição ao crédito consignado e habitacional. O banco ressaltou ainda o mix de geração de caixa defensivo do Itaú, com apenas um terço do resultado consolidado vindo de novas concessões de crédito. O atual indicador de preço sobre valor patrimonial esperado para o Itaú nos próximos 12 meses está 29% abaixo do valor atingido logo antes do segundo turno das eleições de 2014 e 15% abaixo de sua média histórica, de acordo com o Santander.
Segundo o Santander, o "forte" resultado trimestral divulgado em abril sugere potencial de revisão positiva nas expectativas do consenso de lucro e Lajida (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) para 2016 e 2017. "Acreditamos que essas revisões positivas ainda não estejam devidamente precificadas", disse a equipe de análise do Santander em relatório. O banco também citou que a Localiza se beneficia da deficitária matriz de infraestrutura brasileira, já que outras alternativas de transporte, como ferroviário e fluvial, não comportam a demanda pelo deslocamento de bens e serviços. Outro ponto positivo ressaltado pelo Santander foi o fato de a Localiza ser detentora da maior frota de veículos do país, o que lhe garante poder de barganha frente às montadoras, otimizando o Capex e capital de giro.
Segundo o Santander, a posição de caixa líquido da Kroton deve favorecer futuras aquisições. A equipe de análise do banco destacou o "audacioso" plano de expansão da empresa, que "deve impulsionar a já forte geração de valor para os acionistas". Além disso, o banco afirmou que o atual indicador de preço sobre lucro esperado para os próximos 12 meses está 37% abaixo do valor atingido logo antes do segundo turno das eleições de 2014 e 20% abaixo da média histórica.
Segundo o Santander, a readequação de algumas normas do Banco Central poderiam diminuir as exigências de capital a alguns tipos de empréstimos, o que possibilitaria melhorar o índice de Basileia do BB sem a necessidade de uma futura nova capitalização. A equipe de análise do Santander citou ainda que o BB é historicamente um bom pagador de dividendos e também se beneficiaria de uma queda adicional da curva de juros futuros por conta da melhor percepção de risco. O atual indicador de preço sobre valor patrimonial esperado para o BB nos próximos 12 meses ainda está 39% abaixo do valor atingido logo antes do segundo turno das eleições de 2014 e 23% abaixo da média histórica, de acordo com o Santander.
Segundo o Santander, o aumento de capital finalizado em abril, de R$ 2,6 bilhões, deu folga de caixa para a Rumo lidar com suas obrigações de curto prazo. O banco também citou como ponto positivo para a companhia o fato de ela ter geração de caixa inelástica, já que 80% de todo volume transportado é para o escoamento de commodities agrícolas do centro-oeste para o Porto de Santos. O alto endividamento da Rumo, de acordo com o Santander, deve se traduzir em menores despesas financeiras num futuro próximo, uma vez que a queda da Selic se concretize, gerando maior valor para os acionistas. A equipe de análise do banco afirmou ainda que 80% do volume transportado pela Rumo está contratado pelo formato "take-or-pay" e é indexado pela inflação, o que garante maior estabilidade e previsibilidade no volume transportado e nas margens operacionais. Outra vantagem para a companhia é a potencial melhora do ambiente regulatório pós-ruptura política, disse o Santander em relatório.
Segundo o Santander. os contratos firmados pela AES Tietê ao longo do último trimestre de 2015 foram bem recebidos pelo mercado. A companhia vendeu 100 MW para fornecimento de energia em 2017 e 2018 ao preço de R$150/MWh, o que reforça a tese de preços de energia saudáveis no médio e longo-prazo, de acordo com o banco. A equipe de análise do Santander também citou que a baixa alavancagem da elétrica deve favorecer a participação da empresa em novos leilões de energia durante os próximos anos. Outras duas vantagens destacadas foram o forte dividend yield de 12% esperado para os próximos 12 meses e a potencial melhora do ambiente regulatório pós-ruptura política.
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