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Como funciona o fundo cambial?

Proteção contra oscilações de moedas estrangeiras torna esses fundos úteis para diversificação de investimentos

Com a alta do dólar, devo investir em um fundo cambial?

Publicado em 10 de janeiro de 2025 às 10h26.

Os fundos cambiais são uma categoria de investimentos que aplicam a maior parte de seus recursos em ativos relacionados a moedas estrangeiras, como dólar ou euro.Eles são indicados para quem busca se proteger de variações cambiais ou diversificar a carteira com ativos expostos a economias internacionais.

Como funciona o fundo cambial?

Tais fundos são uma categoria de investimento que aloca a maior parte de seu patrimônio em ativos diretamente relacionados à variação de moedas estrangeiras, como dólar ou euro. Por regulamentação da Comissão de Valores Mobiliários (CVM),estes devem investir pelo menos 80% de seus recursos em ativos cambiais,como contratos futuros, derivativos ou títulos vinculados à oscilação da moeda.

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O restante, até 20%, pode ser aplicado em ativos de renda fixa, geralmente com o objetivo de aumentar a liquidez ou mitigar os riscos associados à volatilidade cambial.

Como geram retorno?

O retorno é composto principalmente pela valorização ou desvalorização da moeda estrangeira em relação ao real. Por exemplo:

Adicionalmente, esses fundos podem obter rendimentos dos títulos de renda fixa ou derivativos usados como parte da estratégia. No entanto, é importante considerar os custos e tributos que podem impactar o retorno final. O rendimento é variável e pode ser negativo em cenários de desvalorização da moeda estrangeira.

Quais são os custos e tributos do fundo cambial?

Os custos são cobrados pelas instituições gestoras e pelas transações relacionadas aos ativos do fundo. Os principais são:

1. Taxa de administração

É o mais comum e serve para remunerar a gestão do fundo, cobrindo despesas operacionais e administrativas.

2. Taxa de performance

Alguns cobram uma taxa de performance quando o fundo supera o índice de referência (benchmark), como o CDI ou a variação cambial.

3. Tributação

Os fundos cambiais estão sujeitos ao Imposto de Renda (IR), seguindo a tabela regressiva para fundos de longo prazo:

Além disso,o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) incide nos resgates feitos nos primeiros 30 dias após o investimento.A alíquota do IOF é reduzida gradualmente até ser zerada no 31º dia.

4. Custos de operação e manutenção do fundo

Incluem despesas diversas, como auditorias, custódia dos ativos e custos com transações realizadas no mercado. Essas despesas são diluídas entre os cotistas e impactam a rentabilidade final.

Fundo cambial é renda fixa?

Sim,os fundos cambiais são considerados uma modalidade de renda fixa,pois a maior parte de sua composição está ligada a títulos ou derivativos que refletem a variação cambial. No entanto, eles possuem características de risco e volatilidade que os tornam diferentes dos demais, especialmente os mais conservadores, como os atrelados ao CDI ou à Selic.

Fundo cambial: exemplo

Um exemplo de fundo cambial seria um que invista 80% ou mais do patrimônio em contratos de dólar futuro ou em títulos atrelados à variação cambial.

É seguro investir em fundos cambiais?

Assim como outros investimentos, os fundosapresentam risco de mercado elevado,uma vez que dependem de oscilações cambiais, que podem ser imprevisíveis e influenciadas por fatores econômicos e geopolíticos.

Eles são mais indicados para quem:

Vale lembrar queos fundos cambiais são uma ferramenta útil para diversificação e proteção contra variações cambiais,mas exigem atenção às taxas, tributos e volatilidade. São indicados para quem entende os riscos e busca equilibrar a carteira com ativos expostos a moedas estrangeiras. Pesquisar e comparar os fundos disponíveis é essencial para fazer a melhor escolha.

Como investir?

Para aumentar as chances de sucesso na hora de investir, convém seguir algumas dicas. A primeira é diversificar a carteira, não alocando todo o capital em fundos cambiais e incluindo outros tipos de ativos, como renda fixa ou ações, para reduzir os riscos.

Também é importante estudar o mercado e entender como a moeda estrangeira de referência (dólar, euro, etc.) está performando e quais fatores podem influenciá-la. Por fim, considere o tempo de retorno— os fundos cambiais são mais adequados para médio e longo prazo —, especialmente para evitar custos como IOF e aproveitar a tributação regressiva do IR.

Acompanhe tudo sobre:Guia de Investimentos

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