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China anuncia plano para ter economia livre de carbono até 2060

Entre as ações que serão adotadas pela China, está o aumento de 25% na participação das energias renováveis no consumo de eletricidade do país até 2030

China: entre as ações que serão adotadas pela China, está o aumento de 25% na participação das energias renováveis no consumo de eletricidade do país até 2030 (Sue-Ling Wong/Reuters)

China: entre as ações que serão adotadas pela China, está o aumento de 25% na participação das energias renováveis no consumo de eletricidade do país até 2030 (Sue-Ling Wong/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 12 de dezembro de 2020 às 17h02.

Última atualização em 12 de dezembro de 2020 às 17h03.

Considerada uma das nações mais poluidoras do planeta, a China pretende avançar em suas metas de descarbonização no médio prazo por meio de programas de eficiência energética e aumento da eletricidade gerada por meio de fontes renováveis, como eólica e solar, disse o presidente do país, Xi Jinping.

A declaração foi dada durante evento virtual realizado por países como Reino Unido, França, Chile e pelas Nações Unidas, para comemorar o quinto aniversário do Acordo de Paris, pacto internacional que visa conter o aquecimento global, e contou com a participação de representantes de mais de 70 países.

Durante o encontro, líderes mundiais anunciaram maiores esforços para reduzir emissões de gases de efeito estufa que provocam o aquecimento global.

Entre as ações que serão adotadas pela China, está o aumento de 25% na participação das energias renováveis no consumo de eletricidade do país até 2030, e alcançar 1,2 GW de capacidade instalada geração solar e eólica neste período.

Durante o encontro, o presidente chinês disse que as medidas fazem parte de um avanço ao compromisso de Paris, e fez críticas veladas às discussões feitas pela União Europeia (UE) de impor tarifas sobre bens importados de países que têm padrões de emissões menos rigorosos do que o bloco. "O unilateralismo não nos levará a lugar nenhum", disse Xi Jinping.

Estas medidas, segundo ele, fazem parte de uma meta ambiciosa do país de alcançar a neutralidade nas emissões líquidas de carbono antes de 2060, conforme compromisso anunciado pelos chineses em outubro.

EUA

Embora o evento não tenha contado com a participação oficial dos Estados Unidos, o presidente eleito Joe Biden encaminhou uma carta na qual reafirmou seu desejo de retornar ao acordo climático de Paris assim que tomar posse.

Na carta, Biden disse que Washington foi a chave para negociar o acordo de 2015, que já foi ratificado por quase a metade dos países do mundo. "Os Estados Unidos voltarão a aderir ao Acordo de Paris no primeiro dia de minha presidência", disse ele. "Vou começar a trabalhar imediatamente com meus colegas em todo o mundo para fazer tudo o que pudermos, inclusive convocando os líderes das principais economias para uma cúpula do clima dentro dos meus primeiros 100 dias de mandato".

Biden também reiterou sua promessa de campanha de que seu governo estabelecerá uma meta de corte das emissões dos EUA para zero líquido "até 2050". (Com informações da Associated Press).

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