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Como um empréstimo pode te ajudar a sair das dívidas? André Bona explica

Linha de crédito que utiliza imóvel como garantia tem menores taxas e maiores prazos para pagamento. Entenda como funciona

(SARINYAPINNGAM/Thinkstock)
Isabel Rocha

Jornalista

Publicado em 20 de julho de 2021 às 09h59.

Última atualização em 1 de julho de 2024 às 14h45.

O percentual de famílias endividadas no Brasil atingiu a máxima histórica de 69,7% em junho. Os dados fazem parte da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), divulgada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). E acendem um alerta sobre a utilização indiscriminada de linhas de crédito emergenciais no país.

Afinal, a depender da modalidade de crédito escolhida e do tamanho das taxas envolvidas, no lugar de ajudar, elas podem gerar novas dívidas ao consumidor. “Uma pessoa que está desorganizada financeiramente já tem dificuldade para honrar as despesas naturais de sua sobrevivência e essa dificuldade aumenta ainda mais quando ela precisa puxar os juros excessivos de determinada linha de crédito”, explica André Bona, educador financeiro do BTG.

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Por isso, segundo o especialista, nesses casos o ideal é priorizar a utilização de um tipo de empréstimo com taxas menores e prazos mais alongados, para que o pagamento das dívidas seja mais diluído e encaixe melhor no orçamento. É o caso do empréstimo com garantia de imóvel , por exemplo.

Também conhecido como home equity, esse tipo de empréstimo consiste em usar um imóvel próprio como garantia para liberação do crédito, o que torna o risco de inadimplência menor. Justamente por isso, os juros cobrados são bem mais baixos do que em outras modalidades de crédito.

Além disso, a modalidade costuma oferecer maiores prazos para o pagamento, possibilidade de fazer a solicitação online e agilidade na aprovação. No empréstimo com garantia de imóvel do BTG+ , por exemplo, o cliente pode solicitar o empréstimo diretamente pelo aplicativo, com prazo de até 180 meses para pagar e taxas a partir de 0,75% ao mês + IPCA.

“Quando a pessoa consolida tudo num crédito com garantia de imóvel, ela consegue fazer um orçamento mais inteligente e se beneficiar dessa queda de taxas e alongamento de prazo”, explica Bona. Vale destacar, ainda, que o imóvel continua no nome do tomador de crédito, que não precisa desocupá-lo durante o período do empréstimo.

Juros reduzidos e mais tempo para pagar. Conheça os benefícios do empréstimo com garantia de imóvel do BTG+.

Fazer empréstimo é mesmo uma boa ideia?

A mentalidade de que tomar empréstimos não é o melhor caminho numa trajetória financeira ainda é grande, mas equivocada. Bona explica que, no lugar de encarar o empréstimo como um vilão, as pessoas precisam começar a enxergá-lo como uma alternativa em determinados momentos.

É fundamental entender que o crédito é uma ferramenta que, em algumas situações, vai ter importância e pode ser utilizada. O grande problema é utilizá-lo de maneira descontrolada e desorganizada, porque aí realmente vira um problema grave”, diz.

Segundo ele, o importante é procurar a melhor situação possível para sair das dívidas. E, em muitos casos, o empréstimo com garantia é uma alternativa financeiramente coerente.

Além de ajudar no refinanciamento de dívidas que fogem do orçamento, ele pode facilitar a transição para uma situação financeira mais confortável — já que, com a renda menos comprometida, a liberação de crédito em outras modalidades, caso necessário, é facilitada.

Quando a pessoa consolida suas dívidas em um único crédito de taxa mais baixa, prazo maior e parcelas menores, ela volta a ter uma folga no orçamento. Isso fortalece a possibilidade de manter as linhas de crédito sempre disponíveis para quando precisar”.

Saí das dívidas: qual o próximo passo?

Após quitar uma dívida com juros altos, é importante tomar cuidado para não contrair novas despesas que comprometam o orçamento levando a um novo cenário de descontrole financeiro.

Mapear gastos, fazer um bom planejamento mensal e evitar parcelamentos desnecessários são algumas das medidas que podem ajudar a evitar um novo ciclo de endividamento.

Além disso, Bona explica que é importante se esforçar para mais custos variáveis do que fixos. “Isso dá para o indivíduo a liberdade de escolher todo mês o que fazer com sua renda porque, mesmo que tenha custos variáveis mais altos, a pessoa tem flexibilidade para reescalonar. Agora, quando ela compromete tudo em um parcelamento, não há mais espaço para manobrar”, diz.

Por fim, o especialista ressalta a importância de separar uma parte de sua renda mensal para investir em uma reserva de emergência. “Assim, quando surgir qualquer imprevisto, você terá um dinheiro ali que pode pegar, usar e gastar sem fazer um novo endividamento. Isso é muito saudável porque vai criando uma ‘blindagem’ financeira”, conclui.

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