(Feodora Chiosea/Getty Images)
Jornalista
Publicado em 2 de maio de 2022 às 17h15.
Última atualização em 1 de julho de 2024 às 15h19.
O BTG Pactual começou a semana divulgando sua carteira recomendada de fundos imobiliários para o mês de maio. Considerando uma maior aversão ao risco no cenário macroeconômico, os estrategistas do banco optaram por não realizar alterações nos ativos, mas sim em suas posições. O objetivo, com isso, é priorizar os fundos de recebíveis — que, de acordo com o relatório, têm apresentado uma performance mais consistente. “Os fundos imobiliários de recebíveis têm obtido maior sucesso neste período de maior incerteza quanto ao nível de inflação ainda pressionado e, consequentemente, com escalada das taxas de juros como forma de controle”, diz o documento.
Assim, a recomendação é de aumentar a posição em BTG Pactual Crédito Imobiliário (BTCR11) de 8,0% para 12,5%. Para acomodar a mudança, os especialistas indicam a redução das seguintes posições:
“Continuamos gostando dos fundos de tijolo, especialmente pelo lado microeconômico que tem apresentado melhora efetiva na operação dos ativos, embora o cenário macroeconômico ainda seja uma vertente importante de precificação dos fundos. Assim, ainda temos privilegiado os fundos de recebíveis em nossas recomendações”.
No total, a carteira recomendada para o mês de maio é composta de 14 ativos, divididos entre recebíveis (53,0%), galpões logísticos (17,5%), lajes corporativas (17,0%), híbridos (5,0%), shoppings (5,0%) e agronegócio (2,5%).
Os ativos apresentam o dividend yield anualizado de 11% e o dividend yield para os próximos 12 meses é de 10,4%. Já as cotas dos fundos sugeridos negociam, na média, com desconto de 9% em relação a seus valores patrimoniais. Em termos de liquidez, a carteira possui o volume médio diário de negociação de aproximadamente R$ 3,4 milhões.
Os fundos que compõem a carteira de fundos de investimento imobiliário do BTG em maio buscam proporcionar, além da diversificação setorial, a exposição a diferentes regiões do país. Segundo o relatório, que é assinado por Daniel Marinelli, Danilo Barbosa e Matheus Oliveira; a diversificação é a melhor estratégia para ficar exposto ao mercado imobiliário de forma resiliente em períodos de volatilidade e se beneficiar durante os momentos de retomada.
“Iniciamos nosso processo de escolha a partir de análise setorial macroeconômica, além da avaliação do portfólio do fundo em termos de: qualidade e localização dos ativos; microeconomia da região; perfil dos locatários/devedores; e análise dos contratos e garantias”, dizem.
A recomendação de aumentar a exposição ao BTCR11 é pautada em quatro pilares principais: carteira de crédito pulverizada; excelente gestão; garantias robustas e devedores com bom risco de crédito. Constituído em 2018, o fundo tem o objetivo de investir em ativos de renda fixa ligados ao setor imobiliário, preferencialmente através da aquisição de CRIs de devedores com excelente perfil de crédito e diversificados em seus setores de atuação. “É um fundo que busca adquirir papéis de empresas consolidadas, com foco no longo prazo e na preservação do capital investido”, diz o relatório — que também destaca o baixo risco de crédito e elevado nível de garantias do fundo. Veja, abaixo, quais são os demais ativos escolhidos pelos especialistas para o mês.