Redator
Publicado em 15 de dezembro de 2025 às 09h04.
Nos últimos anos, a rápida adoção da inteligência artificial generativa tem transformado diversos setores, incluindo áreas criativas como redação, design e marketing. Profissionais que antes dependiam de suas habilidades para criar conteúdo, escrever textos e desenvolver estratégias para empresas estão enfrentando desafios sem precedentes, à medida que suas funções são progressivamente substituídas por ferramentas como o ChatGPT, da OpenAI, lançado há pouco mais de três anos.
Para muitos, a promessa de otimização, aumento da eficiência e redução dos custos resultou em uma ameaça concreta ao emprego. Os impactos se espalham por setores nos quais a automação tradicional não conseguia substituir o trabalho humano. Com a ascensão da IA generativa, artistas, ilustradores, redatores, tradutores, advogados juniores e engenheiros de software estão entre os afetados pela nova tecnologia.
Nesse cenário, histórias de profissionais que perderam contratos ou empregos com a adoção de IA se tornam cada vez mais frequentes. Freelancers que atuaram com sucesso por anos relatam ter visto suas funções assumidas por sistemas que produzem conteúdo de forma mais rápida e a um custo inferior.
O uso de ferramentas como o ChatGPT tem permitido que empresas produzam textos "suficientemente bons", sem a necessidade de uma abordagem humana mais criativa ou estratégica. Mesmo nos casos em que os profissionais não são substituídos pela IA, o resultado tem sido a queda generalizada nas remunerações, com o mercado se ajustando ao novo padrão de baixo custo.
Em alguns casos, empresas dispensaram equipes inteiras de redatores freelancers, priorizando economia à qualidade. Do lado dos clientes, a redução de custos pesou mais do que a possível perda de eficiência nos textos produzidos.
Embora alguns profissionais tentem se adaptar, utilizando a IA para complementar seu trabalho, como na edição e revisão de textos, muitos se veem em uma posição precária. A escassez de novos empregos e a saturação das funções de baixo custo têm afetado especialmente iniciantes e freelancers.
Em meio à incerteza, parte desses profissionais busca novas áreas de atuação ou se desloca para mercados alternativos, enquanto outros buscam lidar com um setor criativo cada vez mais automatizado, competitivo e com remuneração em queda.