Inteligência Artificial

Reino Unido amplia parceria com Google DeepMind para impulsionar IA no país

Em 2026, DeepMind inaugurará seu primeiro "laboratório de ciência automatizado" no Reino Unido, por meio de uma parceria estratégica que também inclui iniciativas em educação e modernização dos serviços públicos

Fundado em Londres e dirigido pelo britânico laureado com o Prêmio Nobel Demis Hassabis, o DeepMind é o braço de pesquisa em inteligência artificial do Google (Sarmento Matos/Getty Images)

Fundado em Londres e dirigido pelo britânico laureado com o Prêmio Nobel Demis Hassabis, o DeepMind é o braço de pesquisa em inteligência artificial do Google (Sarmento Matos/Getty Images)

Publicado em 11 de dezembro de 2025 às 11h29.

O DeepMind, braço de pesquisa em inteligência artificial adquirido pelo Google em 2014, firmou uma nova parceria com o governo britânico para criar seu primeiro "laboratório de ciência automatizado" no Reino Unido. O laboratório, que será inaugurado em 2026, terá como foco a utilização de IA para o desenvolvimento de novos materiais em áreas estratégicas, como supercondutores, células solares e semicondutores.

Fundado em Londres e dirigido pelo britânico laureado com o Prêmio Nobel Demis Hassabis, o DeepMind destaca que a IA agora está madura o suficiente para ajudar a preencher a lacuna entre o digital e a descoberta de novos materiais. A empresa também oferecerá aos cientistas britânicos "acesso prioritário" às suas ferramentas científicas de IA.

Além disso, a parceria com o governo de Keir Starmer visa expandir o uso da IA em diversas áreas, como ciência, educação, serviços públicos e segurança nacional. Para isso, o DeepMind se compromete a colaborar com o AI Security Institute (AISI), que avalia e pesquisa a segurança dos sistemas de IA.

Juntas, as duas partes trabalharão para desenvolver técnicas de monitoramento do processo de “raciocínio” das IAs, além de compreender os impactos sociais, emocionais e econômicos dessa tecnologia.

O governo britânico, em contrapartida, se compromete a “explorar” como o modelo de IA do Google, o Gemini, pode ser utilizado por professores no ensino do currículo nacional da Inglaterra. O DeepMind também oferecerá expertise e acesso aos modelos para modernizar serviços públicos com o auxílio da IA.

Reino Unido na corrida da IA

Além do Google, o Reino Unido tem se empenhado em atrair investimentos e expandir o uso de IA no país, inclusive assinando um acordo com o governo dos EUA que envolve a tecnologia. No entanto, isso levanta críticas sobre a proximidade das big techs, com argumentos de que o Reino Unido deveria seguir o exemplo da União Europeia e avançar em termos regulatórios.

Enquanto isso, a Microsoft anunciou, em setembro, investimentos de US$ 30 bilhões no país até 2028 e modelos da Anthropic já estão sendo usados para ajudar cidadãos a encontrarem informações governamentais. A canadense Cohere e a OpenAI, que já tem um escritório em Londres, também prometeram expandir sua atuação no país.

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